'Quero compartilhar mais', revela Malala em evento literário no Rio

Na noite de segunda-feira (22), Malala Yousafzai foi a principal convidada do evento LER (Festival do Leitor), realizado no Maracanãzinho - Rio de Janeiro. A ativista paquistanesa foi celebrada por cerca de 8 mil pessoas, entre professores, estudantes e integrantes de projetos de educação. Prêmio Nobel da Paz, a jovem de 25 anos foi muito aplaudida ao subir ao palco, onde participou de um bate papo ao lado da jornalista Maju Coutinho.

O público se mostrou admirado com a presença de Malala. Segundo informções do jornal O Globo, o tema principal da conversa com Maju foi os direitos das mulheres, um dos pilares do ativismo da paquistanesa. Perto de comemorar 10 anos de seu livro “Eu sou Malala”, que rendeu um documentário indicado ao Oscar, a ativista disse que se prepara para lançar uma nova autobiografia. "Quero compartilhar mais da minha vida". Ela também falou sobre as inspirações e gostos comuns que tem.

"Sou inspirada por muitas figuras históricas como Martin Luther King Jr e Nelson Mandela, mas também por jovens ativistas como Greta Thunberg e por mulheres que conheci ao redor do mundo", detalhou a jovem.

A jovem ainda brincou revelando que ama filmes de animação e de música. "Amo animação: Shrek, Madagascar e Frozen. Hoje, estou Amanda Ted Lasso e Succession. De música, adoro mulheres como Taylor Swift e Beyoncé", disse.

História

Malala sofreu um atentado por parte do Talibã aos 15 anos por defender o direito das meninas de estudarem. Após o ataque sofrido em 2012, ela se mudou com a família para a Inglaterra. A ativista lembrou como se sentiu num primeiro momento na casa nova.

"Me lembro a primeira vez que olhei pela janela na Inglaterra. Me assustei porque não havia montanhas, só asfalto. Senti a falta do meu país, mas pude viajar por todo o mundo. Me sinto uma cidadã do mundo. Passo mais tempo no avião do que em casa", disse ela na apresentação.

Ela afirmou que a educação é a melhor maneira de lidar com o atentado que sofreu.

"Após o atentado, a minha prioridade era mostrar que eu não ia desistir. A melhor forma de combater o extremismo, para mim, é retratar a importância da educação por todo mundo. Promover a educação é a melhor vingança", pontuou.

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Redação iBahia

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