Rafael Ilha acusa agente da PF de abuso de autoridade

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Em entrevista ao programa "A Tarde é Sua", nesta quarta-feira (30), o ex-polegar Rafael Ilha e sua mulher, Aline Kezh, contaram suas versões sobre o episódio que culminou na prisão dos dois no último dia 21. O casal foi flagrado pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu portando uma espingarda e munição quando tentavam retornar ao Brasil, após uma viagem ao Paraguai. Rafael e Aline saíram da prisão por volta das 17h30 desta terça-feira (29) depois de pagarem uma fiança no valor total de R$ 55 mil.

Na entrevista, o ex-Polegar disse que foi revistado e liberado, mas que sua esposa, Aline foi detida. Ao ver que a mulher foi parada por um agente da PF, Rafael disse que se identificou como marido dela e revelou o conteúdo do embrulho que Aline carregava: uma espingarda calibre 12 desmontada. Ao afirmar que ela carregava uma arma, Rafael disse ter sido algemado junto com a mulher.

De acordo com ele, após a detenção os dois tiveram de aguardar por mais de quatro horas para falar com o advogado, mas não tiveram o tempo de cinco minutos, garantido por lei, para uma ligação. Rafael disse também que um dos agentes o teria forçado assinar um documento que dizia que a arma estava de posse dele e não da mulher na hora do flagrante.

"Falamos que não e aí o cara ficou nervoso. Gritou, bateu na mesa, não deixou que falássemos direito com o nosso advogado. Até que teve uma hora que a Aline gritou que ia assinar o documento, mas riscou as partes que não concordava. Foi aí que ele começou a fazer tortura psicológica. Disse que a gente ia mofar na cadeia, que íamos pegar oito anos de prisão, que a gente nunca mais ia se ver e que o nosso casamento ia acabar", relatou.

A Polícia Federal de Foz do Iguaçu negou as acusações. "O que o Rafael falou não condiz com a verdade. Quando ele foi preso todos os direitos constitucionais foram garantidos a ele", disseram ao Ego. O episódio rendeu ao casal uma acusação de tráfico internacional de armas.