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Revista diz que ministro do Esporte recebeu dinheiro desviado de programa

Segundo a Veja, Orlando Silva teria participado e até gerenciado esquema de desvio de recursos públicos. Político nega e fica perplexo com o caso

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15/10/2011 às 12:29 • Atualizada em 14/09/2022 às 0:25 - há XX semanas
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"Repudio a farsa publicada hoje em Veja", rebate Silva
A revista "Veja" trouxe neste sábado (15) denúncia contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, de participação em um esquema de desvio de dinheiro público. Segundo a revista, o policial militar João Dias Ferreira, preso em 2010 pela polícia de Brasília, disse que o ministro e coordenador principal da preparação brasileira para a Copa do Mundo de 2014 teria atuado como gerente de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do ministério, e até recebido em mãos dinheiro do mesmo.O programa libera recursos para compra de materiais esportivos e alimentação de crianças carentes em projetos relacionados a esportes e é baseado em parcerias com prefeituras, governos estaduais e ONGs. O suposto esquema seria realizado nos convênios com entidades sem fins lucrativos. Em nota citada pela própria reportagem, o ministro Orlando Silva nega ter conhecimento ou participação em qualquer desvio ou cobrança de propina, e afirma que vai "processar os caluniadores". De acordo com a Veja, o policial disse que as ONGs participantes do programa só recebiam os recursos após o pagamento de uma taxa que podia chegar a 20% do valor do convênio, e que seria tanto embolsada por dirigentes do PC do B, partido do ministro, como utilizada como caixa 2 da legenda, tendo inclusive sido utilizada - segundo a revista - para financiar a campanha presidencial de 2006. De acordo com o policial ouvido pela reportagem, integrantes do partido participavam de todo o processo de desvio dos recursos, inclusive indicando fontes para notas frias que comprovassem os gastos. A assessoria do partido informou que ainda neste sábado irá divulgar posicionamento sobre o assunto. Ainda segundo a publicação, um atual empregado do policial e agora empresário João Dias, Célio Soares teria atuado como motorista e mensageiro do grupo que realizaria o suposto esquema de desvio de dinheiro. Ele teria afirmado à revista já ter entregue dinheiro tanto ao motorista de Orlando Silva como ao próprio ministro. A entrega teria ocorrido na garagem do ministério do Esporte, em 2008. "Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais", diz trecho da entrevista de Célio publicada pela revista. De acordo com a reportagem, o esquema teria começado quando Orlando Silva ainda era secretário-executivo do ministério. À época, o titular da pasta era Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal, que disse por nota à revista ter tido apenas convivência partidária com João Dias. O globoesporte.com tentou entrar em contato com a assessoria do governador, mas ainda não recebeu retorno. Ministro perplexo - Em Guadalajara, no México, onde participou da cerimônia de abertura dos Jogos Pan-americanos, Orlando Silva disse que as calúnias seriam retaliações ao combate a irregularidades. "Repudio a farsa publicada hoje em Veja. As calúnias sao reações as medidas que determinei para combater irregularidades identificadas", afirmou o Ministro, pelo Twitter. Neste sábado ele dará uma coletiva na sede do Pan para falar sobre o caso.

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