O Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo), de Goiás, entrou com uma ação por danos morais e materiais contra o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e a empresa que leva seu nome, 18kRonaldinho. A ação civil coletiva pede R$ 300 milhões. De acordo com informações do UOL, a empresa 18kRonaldinho tem bloqueado o dinheiro de clientes que investiram em suas atividades.
Segundo a ação, 150 pessoas, moradoras de estados brasileiros e até de outros países,
foram lesadas pelo bloqueio das contras da 18k. O pedido ainda será apreciado pela Justiça.
De acordo com o UOL, diretores e colaborados da 18kRonaldinho também aparecem como réus da ação - Marcelo Lara Marcelino, Bruno Rodrigues Alcântara, Raphael Horácio Nunes de Oliveira e Athos Trajano da Silva.
Ainda segundo o portal, a empresa dizia que oferecia marketing multinível, prometia rendimentos de até 2% ao dia e prêmios para clientes que adquirissem pacotes, que custam de US$ 30 a US$ 12 mil (aproximadamente, de R$ 130 a R$ 52 mil). O rendimento era garantido em operações na criptomoeda Bitcoin.
Uma matéria do UOL Esporte publicada em outubro de 2019 mostrou que o Ministério Público Federal investigava a 18k por suspeita de ser uma pirâmide financeira, prática que é considerada crime contra a economia popular. Na ocasião, Ronaldinho anunciou seu desligamento e passou a se dizer vítima da empresa, que foi quando os clientes começaram a não conseguir mais retirar o dinheiro investido na plataforma on-line.
O advogado Fernando Barbosa, do Ibedec, explicou ao UOL que o ex-jogador se tornou reú da ação coletiva pela convicção de que ele foi mais do que apenas um garoto-propaganda do negócio.
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"Tem várias propagandas, vários vídeos na internet, anunciando o ex-jogador como sócio da empresa", contou Fernando Barbosa.
O advogado Sergio Queiroz, que é responsável pela defesa de Ronaldinho, disse a reportagem que não vai se manifestar sobre o assunto, porque não havia sido notificado oficialmente. Com relação ao ex-jogador, o advogado disse que Ronaldinho "é parte ilegítima para figurar em qualquer ação que envolva a empresa do Sr. Marcelo Lara", acrescentou.
O advogado Gabriel Villarreal, que defende a 18k, também não quis se pronunciar, por ainda não ter sido notificado oficialmente.
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Redação iBahia
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