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Secretário troca comando do caso do petista assassinado após posts de delegada contra PT viralizarem

No entanto, ele nega que substituição tenha relação com as publicações. Caso vai ser assumido pela titular da Divisão de Homicídios do Paraná

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Redação iBahia

11/07/2022 às 16:07 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:11 - há XX semanas
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					Secretário troca comando do caso do petista assassinado após posts de delegada contra PT viralizarem
Foto: Reprodução/RPC

A delegada Iane Cardoso, que estava responsável pela investigação do assassinato do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, foi retirada do comendo da apuração. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (11), pelo secretário de segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita.

A mudança aconteceu após publicações feitas pela delegada contra o partido político viralizarem nas redes sociais. No entanto, à jornalista Andréia Sadi, o secretário negou que a decisão tenha relação com as postagens.

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Segundo o secretário, agora, caso será assumido pela chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Camila Chies Cecconello.

"É bom deixar claro que a decisão de que a Dra. Camila assuma a condução do feito já havia sido tomada ontem a noite [domingo] em deliberação minha com o delegado-geral [do Paraná], com o objetivo de dar maior capacidade investigatória na tomada de decisões [e] visando a rapidez necessária para a apuração", disse Mesquita.


				
					Secretário troca comando do caso do petista assassinado após posts de delegada contra PT viralizarem
Foto: Reprodução/Facebook

Em entrevista à Sadi, a delegada Iane Cardoso disse não ver prejuízo às investigações. “Não me defino como petista, nem como bolsonarista. Trato o presente caso como sempre tratei todas as investigações que presidi durante toda a minha carreira: com responsabilidade, honestidade, parcimônia e visando sempre aplicação da lei, em busca da justiça", afirmou.

Nesta segunda, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que pediria ao Tribunal Superior Eleitoral e à Polícia Federal que assumissem as investigações sobre o caso.

O crime aconteceu na noite do último sábado (9), enquanto a vítima comemorava o aniversário. Além de tesoureiro do PT, Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, era guarda civil. A festa tinha como tema o partido e o ex-presidente e atual candidato ao cargo Lula.

Os disparos foram feitos policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que se define como "conservador e cristão" e é apoiador declarado de Bolsonaro. Ele invadiu o evento e trocou tiros com o guarda civil, que tentou se defender.

Uma câmera de segurança instalada no local do evento registrou a situação. Nas imagens, dá para ver o momento em que o guarda tenta se proteger do invasor, enquanto é baleado pelo menos duas vezes.

A mulher da vítima tenta intervir, mas acaba se afastando, por causa dos tiros. Em seguida, o guarda reage e acerta o policial penal, que também cai no chão.

O confronto durou segundos. No vídeo, dá para ver ainda as pessoas tentando socorrer os dois homens. Marcelo Aloizio morreu no local do crime.

Inicialmente, a polícia chegou a divulgar que o policial penal federal havia morrido após o confronto, mas voltou atrás durante a tarde do domingo (10). Não há detalhes sobre o estado de saúde dele. Nesta segunda, a Justiça decretou a prisão preventiva do policial penal.

'Aqui é Bolsonaro'


				
					Secretário troca comando do caso do petista assassinado após posts de delegada contra PT viralizarem
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A comemoração era realizada na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, e tinha como tema o candidato a presidência Lula (PT).

Segundo o portal g1, o Boletim de Ocorrência do caso cita que o atirador chegou ao local gritando “aqui é Bolsonaro!”. Houve uma discussão e, em seguida, a troca de tiros.

Ainda de acordo com o boletim, o policial penal não era conhecido de ninguém na festa nem tinha sido convidado. Guaranho estava em um carro e no veículo havia também uma mulher e um bebê. Não se sabe a relação deles com o policial penal.

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