Seis anos e meio após a morte da menina Beatriz Angélia Mota, em uma escola de Petrolina, no sertão de Pernambuco, a Polícia Civil do estado concluiu o inquérito e o suspeito, que está preso, foi indiciado por homicídio qualificado.
Marcelo da Silva, de 40 anos, é acusado de desferir dez facadas na criança, que na época tinha sete anos.
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Beatriz Angélica foi morta no dia 10 de dezembro de 2015, quando estava na formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Ela saiu do lado dos pais para beber água em um bebedouro e desapareceu.
O corpo da menina foi achado dentro de um depósito de material esportivo da escola. Ela tinha um faca do tipo peixeira cravada na região do abdômen, além de ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores.
A Polícia Civil informou que a Força-Tarefa responsável pelo inquérito encerrou as investigações. O relatório foi enviado na segunda-feira (4) ao Ministério Público de Pernambuco.
Nas redes sociais, a mãe de Beatriz, Lucinha Mota, escreveu que a filha "merece um processo justo. Ela acresceu que seis anos após o crime, espera "celeridade da Justiça".
"Caminhei seis anos para que minha filha pudesse ter o inquérito finalizado. Esperamos que não demore mais. Beatriz merece", declarou.
Confissão
Em janeiro de 2022, pouco depois do crime completar seis anos, a polícia afirmou que Marcelo da Silva confessou o assassinato. Segundo a polícia, ele teria se tornado suspeito a partir de exames de DNA na faca usada no assassinato.
Neste período, Marcelo já estava preso por outros crimes. O DNA encontrado no objeto foi comparado com o material genético de 124 pessoas consideradas suspeitas ao longo dos seis anos da investigação.
A defesa do suspeito chegou a dizer que ele teria confessado o crime para "aliviar o coração da mãe da menina". Quando outro advogado assumiu a defesa de Marcelo, ele apresentou uma carta em que o homem se dizia inocente e afirmou que ele teria "sido pressionado" para admitir a culpa.
Desde a data do assassinato, foram realizadas sete perícias. O inquérito acumulou 24 volumes, 442 depoimentos e 900 horas de imagens analisadas. O caso passou por oito delegados.
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Redação iBahia
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