Fim de ano é sinônimo de alívio para uma grande parcela de brasileiros desde o ano de 1962, quando todo trabalhador com carteira registrada - além de aposentados e pensionistas - passou a ter direito ao 13º salário, também conhecido como dissídio de Natal. É uma oportunidade ideal para limpar o nome, planejar-se melhor e até investir. Mas, pela proximidade das festas do fim do ano, é muito comum cair na tentação de gastar o bônus recebido sem muito planejamento, com presentes e viagens, ou ainda dando entrada em um bem de valor alto, que irá gerar inúmeras parcelas a serem pagas ao longo de todo o ano seguinte.
Segundo especialistas, entretanto, esse tipo de gasto não deve estar na lista de prioridades. "A primeira coisa que deve ser feita é pagar dívidas antigas, principalmente com cartões de crédito, que normalmente têm juros mais altos, e assim por diante até, se possível, zerar todas as pendências", afirma Luiz Gustavo Medina, diretor de finanças da Luandre, empresa de recursos humanos. A quitação dos débitos tem que ser realizada antes mesmo do que, inclusive, investir ou guardar o dinheiro para o ano seguinte. "É quase impossível achar uma aplicação que seja mais lucrativa do que as taxas cobradas sobre a dívida. Sejam cartão de crédito, cheques especiais ou afins, os juros sempre acabam saindo mais caros do que o lucro de qualquer investimento", explica Medina. A dica vale também para contas que podem ser antecipadas, como o pagamento do IPTU quando há desconto.
Se você não tem débitos, aplicar o dinheiro recebido também pode ser um bom negócio. "Estamos em um momento de juros altos e qualquer aplicação em Renda Fixa, espécie de investimento no Governo, trará excelentes retornos com baixo risco. Hoje temos a taxa de juros em 11% ao ano e provavelmente chegará em, no mínimo, 12% após as eleições. Isso significa quase 1% bruto ao mês sem risco. É um valor muito interessante, especialmente por possuir riscos mínimos", aponta o consultor da Luandre.
Outra opção para fazer o dinheiro render é investir em si mesmo. Isso quer dizer gastar o dinheiro em cursos e especializações que podem representar um diferencial no mercado de trabalho e, consequentemente, em um retorno financeiro maior nos próximos anos. Independente de qual for sua situação financeira, o melhor é ter organização e planejamento. Uma boa dica é colocar no papel todos os valores do que irá entrar e do que deverá ser pago. Assim, é possível gastar o dinheiro da maneira correta e evitar endividamentos.
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Redação iBahia
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