A Samarco tem até hoje (17) para entregar as complementações e atualizações exigidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Plano de Recuperação Ambiental da região afetada pelo desastre em Minas Gerais. A exigência foi feita por meio de ofício no dia 27 de janeiro.
De acordo com a análise do Ibama, o plano foi considerado “genérico e superficial” e "não especifica, por exemplo, as espécies da flora que foram afetadas, quantas se encontram em risco de extinção ou quantas têm distribuição restrita nos locais atingidos pela lama". O documento também não inclui a altura da lama depositada nas margens, subestima o impacto da tragédia na fauna aquática e faz uma abordagem superficial dos impactos na fauna terrestre. De acordo com a avaliação, a empresa "minimiza todos os impactos ambientais da ruptura da barragem”. A mineradora informou que entregará dentro do prazo a versão atualizada do Plano de Recuperação Ambiental das áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão. O estudo contém informações relacionadas aos impactos já identificados e às ações recomendadas para a recuperação ambiental. Segundo a mineradora, as ações constantes do plano têm sido debatidas com os órgãos e entidades ambientais dos governos dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. O plano traz tanto as ações imediatas, já em andamento, quanto as ações recomendadas para as áreas afetadas que foram divididas em três trechos. Segundo a Samarco, o primeiro trecho, entre a barragem de Fundão e o reservatório da Usina de Candonga, sofreu os maiores impactos físicos, devido ao volume de sólidos que provocou acúmulo de sedimentos nos rios e nas suas margens. É nesse trecho que estão concentradas, neste momento, as ações emergenciais já em andamento.
Imagem aérea mostra a lama no Rio Doce, na cidade de Resplendor (MG). Foto: Fred Loureiro / Arquivo |
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