No dia 24 de junho de 2015, o Brasil parou. Uma notícia entristeceu o país e, principalmente, os fãs da música sertaneja: o cantor goiano Cristiano Araújo havia sofrido um acidente de carro na BR-153, em Morrinhos, no estado de Goiás, e não resistia aos ferimentos.
O sertanejo tinha e sua morte foi confirmada na manhã do dia 24 de junho de 2015, junto com o falecimento da namorada, Allana Moraes, de 19anos.
Os dois estavam em um carro dirigido por Ronaldo Miranda Ribeiro, que sofreu ferimentos, mas sobreviveu. O motorista, aliás, foi condenado por duplo homicídio culposo - quado não há intenção de matar -, mas ainda não começou a cumprir a sentença.
A pena determinada pela Justiça era de 2 anos e 7 meses de prisão, que foi convertida em prestação de serviços à sociedade, pagamento de indenização no valor de R$ 25 mil e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por dois anos.
A defesa de Ronaldo, porém, pediu esclarecimentos sobre a decisão, o que acabou adiando o início da decisão. Atualmente, ele trabalha com o sertanejo Marrone. Além de Cristiano, Allana e Ronaldo, estava no carro o empresário Victor Leonardo, que também ficou ferido.
O falecimento do artista ganhou mais notoriedade quando foram divulgadas imagens do corpo dele sendo preparado para o velório. O pai de Cristiano, João Reis, recorreu à Justiça para que as fotos fossem retiradas do Google e Facebook.Atualmente, o valor referente ao seguro do veículo em que o sertanejo estava ainda não foi repassado aos beneficiários. Cristiano deixou dois filhos, João Gabriel e Bernardo, que hoje têm, respectivamente, 9 e 5 anos. Só que o carro - Range Rover - estava vinculado a um empresário, que não teve o nome divulgado.
De acordo com o G1, a advogada Marly Marçal, que representa o homem, disse que seu cliente comprou o carro à vista, para uso próprio, mas ficou apenas dez dias com ele.
É que, ainda de acordo com Marly, o empresário viu que Cristiano usava uma caminhonete mais velha e, como trabalhavam juntos, cedeu seu veículo para o cantor realizar as viagens. Ele estaria preocupado com a segurança do artista.
Os dois, então, teriam feito um acordo informal, em que o sertanejo pagaria ao homem metade do valor - R$ 200 mil - em dois meses. O restante seria retirado da empresa que mantinha a carreira do artista, da qual eles, juntos com mais dois sócios, faziam parte.
Assim, Cristiano usava a Range Rover desde abril de 2015, dois meses antes do acidente, para viagens curtas.
O cantor, porém, morreu antes de fazer qualquer repasse ao empresário. A defensora, então, recorreu à Justiça, tentando obter a restituição. Foi quando surgiu Elisa Barbosa Leite, mãe do filho mais novo de Cristiano, Bernardo.
A dentista é inventariante no processo que divide os bens do sertanejo e, segundo seu advogado, Luiz Fernando Freitas Pires, ela apresentou documentos que comprovariam que o veículo era do artista.
No dia 15 de março de 2016 o juiz Diego Custódio Borges deu ganho de causa à Elisa. Assim, tanto Bernardo quanto João Gabriel teriam direito a R$ 100 mil, cada. E R$ 214 mil deveriam ser repassados ao empresário, que decidiu não recorrer mais.
Apesar de terem chegado a um acordo, a quantia, R$ 412 mil, foi depositada na conta ligada ao processo do inventário do sertanejo.
Os herdeiros só podem ter acesso ao valor que lhes cabem quando o inventário for concluído - o que não deve acontecer ainda em 2018. Já o empresário, por não ser herdeiro, pode fazer o pedido à Justiça para retirar sua parte. Segundo Marly Marçal, ao G1, isso acontecerá nos próximos dias.
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Redação iBahia
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