O passageiro que decidir viajar de avião deve ficar atento. Já estão em vigor as novas regras do setor, como o fim da franquia de bagagem. A Gol começa a cobrar por mala despachada nesta terça-feira. Outras aéreas, como Azul e Latam, já anunciaram cobrança. O principal argumento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é que hoje o custo do transporte da mala está embutido no preço da passagem. Quem despacha e quem não despacha paga a mesma coisa. A ideia é que, com a permissão para cobrança pela bagagem, as tarifas para quem só leva bolsa de mão caiam. Mas não há garantia de que isso vá acontecer.Veja as principais mudanças nas regras:
BAGAGEM DE MÃO
COMO ERA: o passageiro podia levar malas de até 5kg sem custo adicional.
COMO FICOU: o peso máximo para viajar sem custo será definido por cada companhia, mas terá de ser no mínimo de 10kg.
BAGAGEM DESPACHADA
COMO ERA: em voos domésticos, o passageiro pode levar uma mala de até 23kg, sem custo. Em voos internacionais, pode levar duas malas de até 32kg cada.
COMO FICOU: as companhias aéreas são livres para cobrar por mala despachada ou criar perfis de tarifas diferenciados de acordo com o peso da bagagem.A Gol começar a cobrar nesta terça-feira R$ 30 por mala despachada para passagens da classe "Light". Quem quiser comprar a passagem nesta categoria e for despachar, pagará o valor por cada mala de até 23kg, se adquirir o serviço nos canais de autoatendimento e nas agências de viagens. Se resolver despachar na hora do check-in, pagará R$ 60.
Nos voos internacionais, o valor será equivalente a US$ 10 no autoatendimento e agências de viagens, e US$ 20 no balcão. A Latam vai cobrar R$ 30 por mala despachada em voos domésticos, considerando a compra antecipada do bilhete. Nos voos internacionais, o passageiro pode despachar uma mala de até 23kg (para destinos na América do Sul) e duas malas de até 23kg (para outros destinos fora do Brasil).
A Azul também cobra desde o dia primeiro R$ 30 por mala despachada em voos domésticos para as passagens adquiridas na sua nova classe tarifária batizada de "Azul", que tem descontos de 30% para voos que saem de Viracopos (Campinas, SP) em direção a 14 destinos nacionais. Já para trajetos na América do Sul é possível despachar, sem custo adicional, uma mala de até 23kg. A Avianca não alterou sua política de transporte de bagagem.
VALOR DA PASSAGEM
COMO ERA: em anúncios e nas consultas feitas em sites, as empresas informavam o valor do bilhete, sem taxas. O valor total era mostrado apenas no fim da consulta.
COMO FICOU: as empresas são obrigadas a informar o valor total da passagem desde o início da consulta, incluindo taxas.
REEMBOLSO
COMO ERA: as empresa podiam efetuar o reembolso em até 30 dias.
COMO FICOU: deve ser feito em até sete dias após a solicitação de cancelamento do bilhete.
Cancelamento ou remarcação de passagem
VALOR DA PASSAGEM
COMO ERA: não havia limite de valor para as taxas cobradas para cancelar ou remarcar o bilhete. Muitas vezes, essas taxas eram maiores que o preço da passagem comprada.
COMO FICOU: as taxas não poderão superar o valor pago pela passagem, mesmo que ela seja promocional. As taxas de embarque terão de ser devolvidas.
DESISTÊNCIA DO VOO
COMO ERA: quem comprava um bilhete e encontrava um preço mais em conta logo depois não podia cancelar a operação sem ônus.
COMO FICOU: o passageiro tem 24 horas a partir do ato da compra para desistir de viajar, desde que a passagem tenha sido adquirida sete dias antes do voo.
GARANTIA DO VOO DE VOLTA
COMO ERA: caso perdesse o voo de ida por algum motivo, você perdia automaticamente o voo de volta, mesmo se avisasse previamente a companhia.COMO FICOU: sua reserva no voo de volta está garantida mesmo que você perca o de ida. Mas é preciso avisar a desistência até o momento da decolagem.
Alteração do nome sem custo
COMO ERA: se fosse necessário corrigir o nome na passagem por causa de um erro de digitação, não havia nada que impedisse a empresa de cobrar pela correção.
ALTERAÇÃO DO NOME SEM CUSTO
COMO FICOU: a grafia do nome no bilhete pode ser alterada sem custos quando a correção for necessária para o embarque. Mas o bilhete continua sendo pessoal e intransferível.
Bagagem extraviada
COMO ERA: a empresa tem até 30 dias para encontrar e devolver a bagagem tanto em voos domésticos como em voos internacionais. O prazo para indenização também é de até 30 dias.
BAGAGEM EXTRAVIADA
COMO ERA: a empresa tem até 30 dias para encontrar e devolver a bagagem tanto em voos domésticos como em voos internacionais. O prazo para indenização também é de até 30 dias.
COMO FICOU: o prazo para companhia identificar o paradeiro da mala cai para sete dias (voos domésticos) e 21 dias (internacionais). A indenização deve ser feita no mesmo prazo, mas apenas se a mala não for localizada.
Leia também:
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!