O acordo de delação premiada proposto pela defesa do doleiro Alberto Youssef prevê a inclusão de uma cláusula de performance, ou taxa de sucesso, na qual ele receberá 2% de todo o dinheiro que ajudar a recuperar. A quantia pode chegar até R$ 20 milhões - referente à fortuna de R$ 1 bilhão que circularia em países fiscais.
O valor de R$ 20 milhões corresponde ainda à metade de todos os recursos confiscados pela Justiça em nome do doleiro. Além de imóveis e carros de luxo, a Polícia Federal ainda apreendeu R$ 1,8 milhão em espécie no escritório de Youssef em São Paulo. O acordo de delação premiada foi homologado na quarta-feira pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
Ainda segundo o acordo de delação premiada, voltarão para as mãos da família três imóveis e dois automóveis de luxo blindados. De acordo com Antonio Figueredo Basto, que defende Youssef, seu cliente é “uma peça da engrenagem” do esquema de corrupção na Petrobras e se colocou à disposição da Justiça não só para arrecadar recursos desviados como também chegar a pessoas envolvidas nas fraudes. "Não se trata de privilégio, pelo contrário, tudo foi negociado estritamente dentro da lei", disse ao Globo.
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