Sem dona Madalena nada seria Carlinhos Brown. Com leveza, pés no chão e bastante bom humor, a mãe do artista conversou com o iBahia e com o podcast Eu Te Explico, do g1 Bahia e brindou a nova idade do filho primogênito.
Já na chegada ao mundo, dona Madá sabia que Antônio Carlos Santos de Freitas era diferenciado. O cantor nasceu em 23 de novembro de 1962 com 4,950kg. O único desejo possível da mamãe coruja para o filho nesta nova idade completada é “saúde”. Segundo ela, com saúde ele poderá realizar todos os sonhos possíveis que possui na mente inquieta e criativa.
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"Eu vejo meu filho e só agradeço a Deus. As vezes eu me pergunto: 'Eu pari esse gênio?' E vejo o povo ovacionando ele, naquela alegria, é muito emocionante. Não tenho palavras, desejo a ele saúde", disse dona Madá emocionada.
Mãe de nove filhos, a principal referência feminina de Carlinhos Brown rasgou elogios ao mestre do Candyall e também as suas outras heranças: "Ele veio com essa estrela. Tava escrito no caminho dele que tudo isso iria acontecer. Hoje é só credibilidade em tudo em que ele faz, é maravilhoso. Eu amo meus filhos. Depois de Deus, eles são tudo o que tenho".
Dona Madalena também fez questão de entregar curiosidades do íntimo do artista e como é o filho fora dos holofotes. "Ele é abusado. Gosta de botar apelido nos irmãos, costuma contar coisas do passado, de comida, ele é louco por suco, a comida favorita que ele gosta é feijão de leite com uma moquequinha de peixe", brincou ela.
Episódio no Rock in Rio 2001
Há 20 anos, Carlinhos Brown sofreu ataques durante a sua apresentação no Rock in Rio. O cantor subiu ao palco no mesmo dia em que nomes como Guns N’ Roses, Oasis e Foo Fighters. Logo após iniciar sua performance com a música 'A Namorada', baiano foi vaiado e atacado com garrafas.
Dona Madá relembrou o episódio com o coração apertadoepontuou que todas as situações embaraçosas e hostis que o artista sofreu serviram como uma mola propulsora para ele ser quem é atualmente.
"Foi triste, decepcionante, eu fiquei triste com a ignorância do povo. Tem momentos na vida que a lágrima não faz. Naquele momento fiquei decepcionada com a selvageria com um artista. Ele [Brown] chegou aonde? No tapete vermelho. Meu filho é vencedor. Sabe Deus quem jogou aquelas garrafas aonde estão? Meu filho está na televisão com o 'The Voice', esteve no tapete vermelho do Oscar, dois Grammys e só indo pra frente. A música 'A Namorada' foi para um filme. adiantou jogar garrafa?", desabafou dona Madá.
'A Namorada' faz parte do primeiro CD solo de Brown, Alfagamabetizado. A canção fez parte da trilha sonora do filme 'Velocidade Máxima' (1994) que traz como protagonista Keanu Reeves e Sandra Bullock.
Questionada sobre se sente orgulho do filho ela ponderou: "Eu sou feliz. Orgulho não é coisa de gente, é preciso ser feliz e agradecido. Orgulhoso não".
Canção favorita
Com mais de 900 composições autorais, Brown tem 1.192 gravações cadastradas no banco de dados do escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). De tantas canções, dona Madá tem uma favorita: ‘Magalabares’.
“São muitas, mas eu gosto da que tem a frase ‘Quem tem Deus como império, no mundo não está sozinho’”, fazendo referência à música em que o cacique do Candyall divide os vocais com a amiga Marisa Monte.
Embora Brown nunca tenha dito, estudiosos apontam que 'Magalenha' foi feita em homenagem à ela. "Pode ter sido, né?", disse dona Madá aos risos.
Dona Madá também se emocionou ao falar das dificuldades financeiras do passado e o quanto ela é agradecida pela vida que tem atualmente. "Diante da situação que eu já passei, com um monte de filho pequeno, ganhando nem um salário, lavando muita roupa, trabalhando em empresas terceirizadas. De tudo eu fiz um pouco, só não me prostituí e roubei, de resto corri atrás. Deu dinheiro, Madazinha estava lá", contou.
"Eu vejo meu filho e só agradeço a Deus. As vezes eu me pergunto: 'Eu pari esse gênio?' E vejo o povo ovacionando ele, naquela alegria, é muito emocionante. Não tenho palavras, desejo a ele saúde", pontuou.
"Eu agradeço muito a Deus pelos filhos que eu tenho. Todos os dias. A gente não pode levar a vida só pedindo, quem pede muito cansa. Quando a gente agradece a gente recebe diferente", completou ela.
Fã do carnaval, Dona Madá também revelou que já participou do Camarote Andante, no circuito Barra/Ondina. "Chegava na Ondina com os pés esfolados. Mas eu ia. Ele dizia 'mãe, vá pra casa'. Eu respondia: 'Daqui há pouco eu chego lá'", brincou ela.
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Lucas Sales
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