Não é só aqui no Brasil que o poder estar concentrado nas mãos de medalhões da política, que se reelegem ano após anos, normalmente com um robusto apoio financeiro de grandes empresas. A renovação também é pouco sentida na maior democracia do mundo, embora o cenário venha mudando. Em 2018, nas eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, foi registrada a maior candidatura de mulheres e minorias da história do país. Esse foi o mote para a Netflix acompanhar a campanha de quatro cidadãs que nadaram contra a maré na tentativa de quebrar o círculo vicioso nocivo para qualquer democracia.
As protagonistas da história são Alexandria Ocasio-Cortez, Amy Vilela, Cori Bush e Paula Jean Swearengin, que atenderam ao chamado de um grupo criado para renovar o congresso norte-americano e resolveram entrar na disputa. Sem fama, sem patrocínio, mas com muita coragem, elas desestabilizaram o cenário político, chamara a atenção da sociedade e impuseram uma forte resistência aos oponentes já conhecidos do grande público.
A produção é inspiradora, emocionante e acaba de uma vez por todas com a sensação de que nada pode ser mudado se não for pelos meios tradicionais. ‘Virando a Mesa do Poder’ é um grito dos não-representados, do povo esquecido, das minorias massacradas e de quem quer sacudir a velha política e não permitir que o fisiologismo continue tendo assento nos espaços de poder. É para aplaudir de pé!
*Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.
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Redação iBahia
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