Seria difícil prever que o diretor, produtor e roteirista John Hughes (1950-2009) acabasse tão aclamado como vem sendo, já que, na época em que foram lançados, seus filmes nunca entusiasmaram os especialistas em cinema. Mas Hughes soube como ninguém esmiuçar o arquétipo do adolescente em suas comédias dramáticas, que combinavam realismo mágico com uma representação honesta da vida do jovem nos subúrbios americanos.
E o que isso tem a ver com “Annabelle 3”, novo projeto do universo iniciado por “Invocação do mal” (2013)? O roteiro de Gary Dauberman, baseado na história escrita por ele, que aqui faz sua estreia na direção, e pelo cineasta James Wan, bebe das fontes de Hughes: a situação de se sentir deslocado no mundo e o amadurecimento, entre outras questões.
Na trama, a babá da filha do casal Ed e Lorraine Warren desperta, com uma amiga, o espírito maligno preso na boneca Annabelle. Dauberman segue a rica linguagem cinematográfica dos outros filmes e também o terror baseado em sustos, reforçando os elementos que unem tecnicamente os longas da cinessérie. É bem provável que, no futuro, o criador desse universo, James Wan, receba o mesmo revisionismo de John Hughes.
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Redação iBahia
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