Vestida de branco nesta sexta-feira (18) e totalmente energizada com a Bahia, Glória Pires recebeu o iBahia em uma entrevista sobre a relação da atriz com Salvador e o novo projeto de documentário do Balé Folclórico da Bahia.
Trabalhando como diretora e produtora nas gravações que iniciaram na segunda-feira (14), na capital baiana, a artista segue ao lado de Vavá Botelho, fundador do Balé, na missão de levar a história da companhia de dança para o mundo.
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Estrela em diversas produções que marcaram gerações como "Mulheres de Areia", "Anjo Mau" e "Éramos Seis", Glória Pires se volta para trás das câmeras na produção que estreia no primeiro semestre de 2023.
"Já tem tempo que eu tô voltada para produzir os meus projetos, mas isso não é uma coisa da noite para o dia. Eu também sou uma pessoa que gosta de agir dentro da segurança, entender como é como é que as coisas funcionam. No Rio (de Janeiro) a gente fala como é que a banda toca (risos). Então eu precisei de um pouco de amadurecimento nesse sentido e entender melhor o mercado entendeu, como é que as coisas acontecem", iniciou a atriz.
"Então eu conheci o Vavá (Botelho), fiquei sabendo do Balé, conheci o Balé e fiquei muito abismada. Eu pensava 'Como é que a revista Caras nunca fez uma matéria com o Balé Folclórico?' E aí, amadurecendo a ideia eu pensei que isso dá um documentário maravilhoso, porque é uma companhia de dança que sobrevive há 30 anos. Como é que o Brasil não reverencia essa companhia?", explicou Glória Pires.
"Eu pensei que um documentário seria uma forma interessante de levar esse conhecimento e ao mesmo tempo esse registro, né? É uma coisa linda, deslumbrante, inspiradora e, para além da beleza do espetáculo, possui a viabilização do acesso ao mercado de trabalho para tantos jovens, mas não só jovens, né?", concluiu a diretora.
Bagagem sentimental
O projeto que teve pontapé inicial em 2014 e precisou ser adiado por conta da pandemia de Covid-19 chega no próximo ano por meio dos serviços de streaming.
Apesar de ter batido o martelo sobre a forma de lançamento do projeto, Glória Pires ainda não fechou em qual plataforma ele será lançado, mas deu spoilers sobre como estão sendo as gravações em Salvador.
"Eu acho que a gente está conseguindo, hoje é o quarto dia de gravações e está ficando muito bonito. Tá todo mundo muito feliz com com o material que a gente tá conseguindo coletar, com os depoimentos", iniciou.
"Acho que vai ser uma aula, não com a conotação pesada, porque aula sempre tem uma coisa meio pesada, né? De ter alguém ali à frente. Mas é uma imersão nesse universo, tô buscando mostrar de vários ângulos a importância do Balé Folclórico da Bahia", completou Glória.
Sobre as dificuldades, a diretora salientou que a captação de recursos foi o único ponto que gerou uma dificuldade maior na construção do projeto, mas garantiu que tudo está sendo resolvido.
"A dificuldade foi na captação de recursos. A gente ainda está captando, mas eu acho que agora vai e as coisas vão abrir, sabe? E eu acho que embora seja um enorme desafio pra esse governo que está assumindo, existe esse entendimento da importância da cultura para o povo, para todos nós", refletiu.
"Essa foi a única dificuldade, porque a equipe que veio é uma equipe que veio pra agregar. Todos se sentem felizes e honradas de participarem de um projeto porque possuem uma relação sentimental com o Balé", continuou.
"É Aquela coisa que você sonha como ideal, mas a gente sabe que é um trabalho muito duro, é um trabalho onde você corre contra o tempo, né? Sempre tem algo que você acha que tá faltando. E a equipe é muito disponível. Eles são muito comprometidos com projeto, eles estão de corpo e alma no projeto, então isso traz uma outra energia, né?", finalizou.
Legado para o futuro
Para Vavá Botello, fundador do Balé Folclórico da Bahia, o documentário é de extrema importância para a manutenção da história da companhia ao longo desses 30 anos de existência.
"Eu acho que esse registro é fundamental para que as pessoas possam conhecer o legado que o Balé pode deixar pra eternidade. Quando eu fundei o balé eu não imaginava que ele fosse ganhar essa dimensão e a gente aqui no Brasil, a gente não tem muito o costume de guardar as coisas, de preservar a memória, principalmente quando se trata de cultura", iniciou em entrevista para o iBahia.
"Então essa oportunidade que a gente está tendo de ter Glória Pires na produção e direção de um documentário sobre a nossa história vai facilitar para que a gente possa expandir a nossa história mais ainda pelo mundo", completou.
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Lucas Mascarenhas
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