O curta-metragem 'Ninguém nunca vai te amar como eu te amo' foi o vencedor do 12º Festival de Cinema de Teresópolis, no Rio de Janeiro. Após a estreia no evento, o filme levou pra casa as estatuetas de Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Obra de Ficção, Melhor Ator, Melhor Atriz e Melhor Figurino.
Os cineastas baianos Fernanda Magalhães e Gustavo Guives contaram que o tema do curta surgiu a partir de percepções coletadas com mulheres que já tinham vivenciado relacionamentos abusivos. A dupla atualmente reside em São Paulo e revelou que o maior desafio para construção do trabalho foi encontrar parceiros que topassem levantar o projeto sem incentivos e pouca verba.
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“Juntamos um grupo de amigos e profissionais excelentes, que perceberam a importância de dar luz a esse assunto, ainda pouco discutido. Apesar de não termos tido nenhum tipo de incentivo financeiro, seja privado ou público, conseguimos uma equipe incrível para realizar esse curta e estamos muito satisfeitos com o resultado”, conta a Fernanda.
“Ficamos muito felizes com a premiação, pois acreditamos que esse é um tema que precisa ser mostrado nas salas de cinema e discutidos nas rodas de conversa. Abordamos o relacionamento abusivo de uma forma inusitada e, ao fazer o recorte dentro da classe média, quisemos mostrar que esse tema está muito mais presente nas nossas vidas do que imaginamos”, completou Gustavo.
Sobre o filme
Nem sempre é fácil identificar um relacionamento abusivo, principalmente para quem está dentro dele, já que o abuso assume diversas formas para além da violência física, como a violência psicológica, sexual e financeira. É dentro deste contexto que 'Ninguém nunca vai te amar como eu te amo' foi montado.
O filme é de suspense psicológico e conta a história de Beto, um homem aparentemente comum aos olhos do mundo e que vive uma relação secreta marcada por ciúmes, manipulações e insultos sutis; tudo com o disfarce de proteção e cuidado contra Letícia, uma manequim de plástico.
As coisas pioram quando, em seus monólogos, Beto nos revela que Letícia recebeu uma proposta de trabalho irrecusável em Nova York. A proposta inusitada do filme, que coloca uma manequim como alvo da violência psicológica, tem como objetivo trazer reflexões que passam pela objetificação dos corpos
femininos, masculinidade tóxica e a jornada de uma relação abusiva, que vai avançando de forma gradativa, até ganhar proporções que podem levar ao assassinato da vítima.
O curta-metragem tem duração de 19 minutos e, no momento, e pode ser visto nos festivais de Santa Cruz de Cinema, All That Moves International Film Festival, e Tietê International Film Award (TIFA) - nas categorias de Melhor Roteiro, Melhor Direção, Melhor Filme e Melhor Ator.
Confira o trailer
Créditos
Criado e Dirigido por
FeGus (Fernanda Magalhães e Gustavo Guives)
Roteiro
Fernanda Magalhães, Gustavo Guives, Camila Marinho Monteiro
Produção Executiva
FeGus (Fernanda Magalhães e Gustavo Guives)
Direção de Produção
Arthur Pinheiro
Produção
Val Carvalho
Direção de Fotografia
Bruno Tiezzi
Direção de Arte
FeGus (Fernanda Magalhães e Gustavo Guives)
Montagem e Finalização
Guilherme Algon
Desenho de Som e Trilha Sonora
Canja Audio Culture
Elenco
- Gutto Szuster como Beto
- Ana Tardivo como Letícia
- Rogério Troiani como Chico
- Murilo Sampaio como Raul
- Paulina Alves como Dani
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Redação iBahia
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