Quando Octavia Spencer foi anunciada como protagonista do thriller “Ma”, falou-se muito sobre o fato de uma atriz negra interpretar um personagem constantemente destinado a homens brancos. Mas muitos papéis e clichês têm mudado, inclusive, em filmes de psicopatas. Basta citar os dois ótimos longas de terror do diretor Jordan Peele (“Corra” e “Nós”), além do ainda inédito e divertido “Little monsters” (ainda sem tradução no Brasil) — assim como “Nós”, com a atriz Lupita Nyong’o —, que foi bem recebido pelos fãs do gênero, em janeiro, no Festival de Sundance.
Em “Ma”, Octavia interpreta Sue Ann, uma mulher solitária que faz amizade com um grupo de adolescentes e decide deixá-los festejar em sua casa. Coisas esquisitas começam a acontecer, o que faz os jovens questionarem a intenção da anfitriã. Contar mais seria estragar as surpresas do roteiro azeitado do estreante em cinema Scotty Landes. O diretor Tate Taylor, por sua vez, ilustra com habilidade as reviravoltas de Landes, com a boa sacada de criar uma empatia entre Sue Ann e o espectador lançando mão do bullying, que aqui ganha ainda o reforço do racismo.
Independentemente da questão racial, o Oscar ganho em “Histórias cruzadas” (2011) por Octavia, além de mais duas indicações à estatueta, faz com que “Ma” entre no radar do público. E, nesse caso, ela presta um ótimo serviço ao terror — quem sabe o gênero seja levado mais a sério.
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Redação iBahia
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