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'Era uma Vez em... Hollywood' mostra o brilhantismo de Tarantino

Brad Pitt e Leonardo di Caprio são os protagonistas do nono filme do diretor

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Redação iBahia

14/08/2019 às 15:03 • Atualizada em 29/08/2022 às 21:22 - há XX semanas
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O ano é 1969. O homem chega à Lua, a indústria do cinema passa por transformações, o movimento hippie ganha cada vez mais adeptos e esse alvoroço todo serve para o genial Quentin Tarantino produzir seu filme mais afrontoso e ao mesmo tempo brilhante. ‘Era uma Vez em... Hollywood’ é um verdadeiro e delicioso documento histórico-fictício que homenageia e critica, de forma nem um pouco velada, a sétima arte. Entupido de referências do primeiro ao último minuto, o nono filme do diretor de ‘Kill Bill’ e ‘Bastardos Inglórios’ é um deleite, mas exige massa cinzenta e algum conhecimento sobre a época.

Foto: Divulgação

Definitivamente, ‘Era uma Vez em... Hollywood’ não é o tipo de trama que se assiste desavisado. A grandiosidade do filme só é captada por quem consegue enxergar as entrelinhas, perceber as referências contidas no roteiro e conhecer um pouco do momento social vivido nos Estados Unidos no final da década de 1960. Então o filme é chato, só para nerd? Não. Mas ele exige mais do que apenas tempo livre e vontade de ir ao cinema para ser completamente entendido.

Mesmo sem o background necessário para admirar a inteireza da obra, é impossível não notar as sensacionais performances de Leonardo di Caprio e Brad Pitt, a fotografia deslumbrante, as cenas hilárias e violentas típicas do cinema tarantiniano e as críticas que o diretor faz sobre a própria indústria cinematográfica. Mas se você conhecer, mesmo que por alto, um pouco da história do cinema e nomes como Roman Polanski, Bruce Lee, Sharon Tate e Charles Manson sua experiência será incrivelmente diferente.

Ousado, desconcertante e simplesmente genial, ‘Era uma Vez em... Hollywood’ é um dos melhores lançamentos do ano e deve chegar forte para o período de premiações, em 2020. Avalie se este é o tipo de produção que te satisfaz antes de comprar o ingresso. Só não vale passar 2h30 à deriva na história e sair dizendo que o filme não presta.


Heyder Mustafá é jornalista e produtor cultural formado pela UFBA, editor de conteúdo da GFM e Bahia FM, apresentador do Fala Bahia e apaixonado por cinema, literatura e viagens.

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