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Filme baiano é aplaudido em exibição no Festival de Brasília

'Depois da Chuva' retrata a transição do período ditatorial para a democracia no Brasil

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22/09/2013 às 16:52 • Atualizada em 31/08/2022 às 11:18 - há XX semanas
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Cena do filme 'Depois da Chuva'
Exibido na noite de sexta-feira, o filme baiano Depois da Chuva, dirigido por Cláudio Marques e Marilia Hughes, foi bastante aplaudido pelo público do Festival de Brasília. O longa entra numa seara ainda pouco explorada pela produção nacional, tão pródiga em obras sobre a ditadura: debruça-se sobre outro momento histórico, justamente a transição para a democracia coma campanha das Diretas Já, a eleição de Tancredo Neves pelo Colégio eleitoral e a posse de José Sarney em virtude da morte do presidente eleito. Veja também: Daniel Radcliffe pode viver Freddie Mercury nos cinemas “A motivação para fazer o filme foi, de fato, a ausência de outros trabalhos sobre esse período tão importante da nossa história”, diz Cláudio. “Eu me lembro do período das Diretas como aquele em que despertei para a vida adulta, para as questões políticas e amorosas”, acrescenta. O filme adquire maior atualidade quando se pensa que 2014 marcará os 50 anos do golpe civil-militar e os 30 das Diretas Já. Usando as ferramentas da ficção, Depois da Chuva coloca no meio do torvelinho político o menino Caio (Pedro Maia, em sua estreia no cinema), aluno de um colégio de classe média em Salvador, filho de pais separados e com coração pendendo para o lado das ideias anarquistas. A inspiração, segundo a diretora Marília Hughes, veio de filmes como Água Fria, de Olivier Assayas, e Amores Constantes, de Philippe Garrel.

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