Nesta terceira parte da franquia, depois de matar um integrante do sindicato de assassinos da High Table, John Wick é excomungado, sua cabeça passa a valer US$ 14 milhões, e um exército de matadores profissionais quer essa recompensa. O diretor Chad Stahelski, um ex-dublê, domina com perfeição o ritmo da história, sabendo polvilhar com humor as excelentes cenas de ação.
“John Wick 3 — Parabellum” não tenta mostrar uma ação realista. Pelo contrário, o objetivo é ser divertido, até engraçado. Uma mistura das animações politicamente incorretas de Papa-Léguas, Tom & Jerry e Pica-Pau, entre outros, e os clássicos filmes mudos do início do cinema.
Assim como Harold Lloyd, Charles Chaplin e principalmente Buster Keaton atuavam, dependendo do movimento do corpo, Keanu Reeves se encaixa bem no papel por não ser um ator que sustenta sua interpretação em diálogos. Ele atua de maneira impassível, mesmo nas cenas tensas de luta e tiros, da mesma forma como Keaton fazia em suas peripécias acrobáticas.
Sobre as semelhanças com "Matrix", o protagonista Keanu Reeves revela a influência do filme: "Definitivamente continuamos sob influência. Por exemplo, os personagens míticos de “John Wick”, como o concierge, o árbitro, Baba Yaga, a Grande Mesa do Continental, enfim, têm nomes como o Oráculo, o Arquiteto, Morpheus, Trinity".
“John Wick 3” pode ser acusado de ser só mais um filme de ação estiloso com coreografias eletrizantes. E, sim, é isso mesmo, mas dizer que não há arte no estilo sugere falta de respeito com o repertório dos primórdios da história do cinema. Outra curiosidade (e ironia) está no título, que vem da expressão em latim “si vis pacem, para bellum”: se queres a paz, prepara-te para a guerra.
Veja também:
Leia também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!