No final da década de 1950, os cineastas Roberto Pires e Oscar Santana fundaram a lendária Iglu Filmes, primeira produtora de cinema baiana e responsável por rodar clássicos que marcaram época, como "Barravento" (1692), primeiro longa-metragem dirigido por Glauber Rocha, "Tocaia no Asfalto", também de 62, e "A Grande Feira" (1961). O nome é uma homenagem a uma lanchonete que costumavam frequentar na Praça da Sé. O dono, entusiasta das ideias de Oscar e Roberto, sempre esperava os jovens chegarem para fechar a Iglu. Amigos de longa data, a dupla se conheceu ainda na época da faculdade e se identificou de cara. Juntos, produziram "Redenção" (1959), estreia do cinema baiano na produção de longa-metragem, rodaram o curta "O Calcanhar de Aquiles", por volta de 1954, criaram um sistema de fixação do som ótico nas bordas do reversível e a lente Igluscope, semelhante à do
cinemascope, uma técnica de filmagem com lentes anamórficas que produz imagens de grandes dimensões na projeção.
Aproveite e assista ao episódio anterior! Na produtora, o acordo era claro: cada um dirigia um filme por vez. Mas os planos não saíram como o planejado. Com a chegada de Glauber, Oscar viu seu espaço na Iglu ameaçado. Em "A dobradinha Glauber e Roberto e a saída da Iglu", quinto episódio da websérie "Oscar Santana e as Histórias do Cinema na Bahia", o cineasta fala sobre o processo de distanciamento da produtora, que culminou na sua retirada, e a parceria entre seu amigo Roberto e o "recém-chegado" Glauber Rocha.
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*Com orientação e supervisão de Márcia Luz