O trágico caso dos assassinatos cometidos por Ted Bundy já rendeu muitos filmes. Um dos pontos que chamaram a atenção para esses crimes se deve a nenhum psiquiatra ter conseguido responder com clareza os motivos das atrocidades cometidas por Bundy. Autoconfiante, inteligente, bonito e bem-sucedido com as mulheres, ele ainda mantinha a aparência de respeitável membro da sociedade. Bundy não possuía elementos normalmente associados à causa da psicopatia, como também não sofreu algo que pudesse desencadear o seu comportamento agressivo.
Esse é o ponto de partida do diretor Joe Berlinger, que não tenta explicar as motivações do assassino em série em “Ted Bundy —A irresistível face do mal”, mas o que levou Liz Kendall (Lily Colins) a se apaixonar por ele e a se recusar a acreditar nas provas contundentes de sua crueldade. A narrativa se inspira no livro escrito por Liz Kloepfer (publicado com o pseudônimo Elizabeth Kendall), em 1981.
Berlinger entrega um filme definitivo sobre o que levou não só Liz, mas também Carole Ann Boone (que teve uma filha com Bundy já preso), entre dezenas de outras mulheres, a se apaixonar por ele, tanto antes de ser descoberto como durante seu julgamento. Num grande acerto, Berlinger escalou o galã Zac Efron para interpretar Bundy. As atuações de todo o elenco são ótimas.
Além disso, Berlinger destilou toda a sua técnica de documentarista (ele foi indicado ao Oscar na categoria em 2012) para construir uma rica linguagem que mistura ficção com cenas reais, corroborando cada página do roteiro. É um brilhante trabalho de recriação em que técnica e arte estão perfeitamente atreladas.
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Redação iBahia
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