A preocupação com o meio-ambiente está cada vez mais emergente nas organizações. Pequenas, médias e grandes empresas já entenderam que não é aceitável assumir posturas “extrativistas” em meio às demandas socioambientais associadas ao uso dos recursos naturais, descartes e reuso de materiais.
Exemplo desse movimento é o novo ateliê sustentável da Louis Vuitton, com 6 mil metros quadrados, inaugurado na cidade francesa de Vêndome. O banco Santander está investindo em núcleos tendo como base critérios sociais, ambientais e de governança, com o objetivo de zerar a pegada de carbono dos seus clientes. Compromissada com a economia circular, desde 2018 a Braskem se dedica a investimentos em P&D, com o objetivo de ampliar e facilitar a reciclagem e reutilização de embalagens plásticas.
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Compromisso cada vez mais presente, o investimento em ESG (Environmental, Social and Governance) está mudando a forma das empresas se posicionarem e investirem os seus recursos. Disciplina presente em diversos cursos de graduação pelo país, o ESG entrou para a grade curricular como um diferencial competitivo no mercado, uma vez que existe demanda crescente para profissionais preparados para essas mudanças.
Segundo a Mckinsey, o investimento em ESG, no mundo, já gira em torno de US$ 30 trilhões, representando um salto de 1000% em 8 anos.
Para quem pensa que a preocupação com as políticas sociais, ambientais e de governança está restrita às grandes empresas, uma pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência sob encomenda do Instituto de Tecnologia e Sociedade, revelou que 92% dos brasileiros a questão ambiental é uma realidade. A mesma pesquisa apontou que 59% dos brasileiros já deixaram de comprar ou usar algum produto que prejudicava o meio ambiente ou a saúde do planeta.
Respondendo por 27% do PIB brasileiro – gerando algo em torno de R$ 13,7 milhões por ano e metade dos empregos do país, as micro e pequenas empresas estão atentas e são essenciais nesse movimento sustentável no Brasil.
Dados do Sebrae, 2020, apontaram que os principais motivos que levam as micro e pequenas empresas a investirem em práticas sustentáveis estão associados a: 67% eficiência enérgica, uso racional da água e gestão de resíduos são a preservação ambiental; 20% a redução de custos; 3% marketing e propaganda; e 2% o cumprimento da legislação.
Para quem já entendeu a importância desse movimento, mas ainda não sabe como assumir um compromisso sustentável, listei algumas dicas que podem ser implantadas por empresas de qualquer porte:
- Invista em coleta seletiva e no descarte correto de resíduos;
- Reutilize água sempre que possível;
- Incentive a prática de serviços sociais entre os seus colaboradores;
- Firme compromissos sociais com ONGs e movimentos socioambientais legítimos;
- Dê preferência à aquisição de produtos recicláveis ou com certificação verde;
- Evite desperdícios;
- Crie políticas de escuta ativa, acolhimento e boas-práticas com toda equipe.
Atitudes simples e que podem ser implementadas por negócios dos mais diversos portes, gerando transformações importantes e que impactam todo o ecossistema.
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Rodrigo Almeida
Rodrigo Almeida
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