Ao longo dos últimos 90 anos, o formato associado à jornada de trabalho tem se transformado e adaptado ao contexto social da época. A dinâmica que conhecemos hoje, com dupla folga e jornada semanal de 40 horas, só foi conquistada em 1940, tornando-se então o modelo adotado em todo o ocidente.
(Para título de curiosidade, antes disso a jornada já foi dividida em ‘semanas’ com 10 dias de trabalho e uma de folga, além do modelo 4x1, que correspondia a quatro dias de trabalho e um de descanso, de forma sequenciada.)
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Acontece que, quase um século de uso do modelo de trabalho em 5 dias, empresas em todo o mundo começaram a avaliar a possibilidade de reduzir a jornada de 40h para 32 horas. Ou seja, ao invés de 5 dias de trabalho, o novo modelo propõe quatro dias de atividade e 3 de descanso.
Percebida como uma estratégia para atração e retenção de talentos, o novo formato tem sido elogiado por empresas que já implantaram o modelo, percebendo melhorias na produtividade, clima organizacional e aumento de receita.
Sem alteração salarial ou mudanças nos benefícios, a jornada de 4 horas semanais já foi testada e validada em países como Bélgica, Japão, Portugal, Nova Zelândia, Espanha e Islândia, cada um com suas particularidades e resultados positivos.
De acordo com dados da plataforma de recrutamento Indeed, 74% dos brasileiros acreditam se tornarem mais produtivos em uma jornada de trabalho com 32 horas. Para além da produtividade, a amostra identificou que para 85% deles a redução na jornada tem efeito positivo também na saúde mental, ocasionando melhor qualidade de vida, relacionamento interpessoal e desenvolvimento pessoal.
Desejo da nova geração e desafio para empresários mais tradicionais, as mudanças no formato de trabalho exigem organização, ferramentas de controle, envolvimento das lideranças, estratégias flexíveis, maturidade empresarial e métricas bem definidas.
É essencial que a empresa/organização consiga mensurar os impactos da mudança em níveis estruturais, organizacionais, mercadológicos, comerciais e de RH, trazendo um período definido de testagem para o formato, de forma que todo o processo seja compartilhado com a equipe, a fim de evitar surpresas, expectativas e frustrações.
Tendência ou moda, estamos em um momento necessário de experimentação para os novos modelos de trabalho, sempre com a intenção de manter crescimento empresarial, associado às melhorias na qualidade de vida dos colaboradores.
Vamos acompanhar!
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Rodrigo Almeida
Rodrigo Almeida
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