A 14ª edição do FIAC Bahia (Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia) abriu os trabalhos nesta última terça -feira (25/10), no Teatro Vila Velha, em tom emocionado e confiante de novos tempos. O diretor e coordenador-geral do festival, Felipe de Assis, acompanhado da coordenadora de atividades formativas, Rita Aquino, deu as boas-vindas ao público ressaltando a importância da retomada presencial do projeto e do reencontro com a classe artística e os espectadores do festival, destacando ainda a necessidade de atuação mais consciente e cidadã para a eleição de um governo mais sensível às artes e à cultura. A noite de abertura celebrou a coragem de permanecer e resistir à pandemia e às adversidades de movimentos conservadores.
Um espetáculo de dança, “ECCE (H)OMO”, criado por Pol Pi, um artista transgênero franco-brasileiro, na época em que ele ainda se apresentava com o gênero feminino, deu a largada à programação deste ano. Didática e dividida em coreografias de curta duração, a montagem se baseia no legado da coreógrafa expressionista alemã Dore Hoyer (1911-1967), que produziu entre 1959 e 1962 uma obra icônica: “Cinco danças para cinco emoções: Ehre/Eitelkeit (Orgulho/Vaidade) Begierde (Desejo), Hass (Ódio), Angst (Medo), Liebe (Amor)”. Da investigação e experimentação desse processo criativo nasceu “Ecce (H)omo); um trabalho de pesquisa de movimento, que intriga por ser ao mesmo tempo naturalista e abstrato.
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A confraternização continuou no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha com a performance de Ana Dumas (aka Missy Blecape) “uma DJ que remixa ideias”, como ela própria se define, acompanhada do seu emblemático carrinho multimídia, inspirado na estética urbana dos carrinhos de café, e que sempre incorpora às suas apresentações musicais manifestos e reflexões políticas e culturais.
Com o tema “Espalhe a Palavra”, o evento propõe o compartilhamento de ideias e discursos que construam uma sociedade com mais empatia, mais tolerância, mais respeito, justiça e igualdade social. A programação, diversa em linguagens (dança, teatro, filme de dança e performance), ocupa até o dia 29/10 três espaços da capital: o Teatro Vila Velha, o Teatro do Goethe-Institut e o Teatro Gamboa Nova, além de incluir oficinas e seminários.
As atividades contemplam o público com deficiência através da tradução simultânea em libras. E o público infantil também está contemplado através do espetáculo de teatro de sombras “Um Corpo de Palavras”, de Naiara Gramacho. O roteiro completo você confere aqui abaixo e também neste link do site do festival: www.fiacbahia.com.br.
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Arlon Souza
Arlon Souza
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