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Espetáculo 'Triscou, Pegou' faz um passeio por brincadeiras tradicionais da infância

Companhia Robson Correia apresenta há 15 anos um espetáculo que dança a diversidade da cultura brasileira para crianças e adultos

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Arlon Souza

25/11/2022 às 17:35 • Atualizada em 27/11/2022 às 13:05 - há XX semanas
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					Espetáculo 'Triscou, Pegou' faz um passeio por brincadeiras tradicionais da infância
Foto: Secult Bahia

Espetáculos de dança feitos para crianças são verdadeiras raridades. Quando contam uma história, então, mais ainda. E se abordam o universo infantil com inteligência já são em si um prêmio para o público. Essas características são perceptíveis no espetáculo “Triscou, Pegou”, da Companhia Robson Correia, que pelo título já nos dá pistas da temática. Sim, é sobre as brincadeiras tradicionais e clássicas da infância. E mergulhando nesse imaginário lúdico a obra constrói uma narrativa exuberante e popular, convocando crianças e adultos a viver e reviver essas memórias. E lá se vão 15 anos de apresentações deste trabalho.

Ao contar a história de um pintor que busca dar mais colorido e fantasia à sua vida, “Triscou, Pegou” faz um passeio por cantigas, canções, brincadeiras, cirandas e uma série de manifestações da cultura popular. O diretor e coreógrafo Robson Correia compõe um vocabulário de movimentos que percorre todos esses caminhos. A trilha sonora que ambienta a montagem interfere diretamente na dramaturgia. O elenco dança uma diversidade de músicas e ritmos, desde “Aquarela” (Toquinho), passando por cantigas como “Flor, minha flor”, até maracatu e outras expressões nordestinas.

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A direção coreográfica vai desenhando essas cenas dentro da própria dinâmica espacial e dos elementos das brincadeiras. E tudo isso vai entrelaçando sequências criadas a partir do gestual e da pulsação infantil, da improvisação, da cultura dos brincantes e no diálogo com os estilos clássico, moderno e contemporâneo. Além disso, se trata de um jogo lúdico que não perde de vista esse universo em nenhum momento. Num mundo cada vez mais tecnológico, é um resgate do que há de mais criativo nessa fase, onde latas de leite viram pernas de pau e telefones com fio de cordão.

Outros aspectos que chamam muito a atenção são o figurino e a maquiagem do espetáculo. Ambos provocam muito a visualidade, pela variedade de volumes, cores, formas, texturas, objetos e adereços. Sem falar que o elenco da companhia Robson Correia traduz com muita versatilidade e entrosamento essa proposta. São dançarinos com uma qualidade técnica muito orgânica. Os intérpretes Matheus Neres, Adalberto Santana, Juli Pinto, Aynã Tauã, Greice Kelly Pimentel, Gisele Gomes e Robson Correia dão corpo a um processo colaborativo que gerou uma obra de caráter aberto, que soa em constante atualização.

É tudo tão mágico que, ao mesmo tempo que nos empolgamos, também suspiramos. Ouso até a dizer que os pais e famílias que forem acompanhados de seus filhos e crianças têm tudo para se sentirem saudosos e emocionados com as lembranças de suas infâncias. Já, os pequenos irão se identificar com vários momentos dessa narrativa coreográfica. A companhia tem 18 anos e faz parte do Núcleo Artístico PAÓ - Programação Artística Ovacionada do IFÁ em Salvador (BA). O grupo costuma se apresentar nas ruas e nos palcos da capital e do Interior da Bahia.

Espetáculo “Triscou, Pegou!”

  • Quando: 27 de novembro
  • Horário: 11h
  • Onde: Teatro SESC-SENAC Pelourinho
  • Endereço: Largo do Pelourinho, 19, Centro Histórico de Salvador
  • Ingressos: R$ 10 (inteira), R$ 5 (meia), R$ 1 (cliente pleno) / Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro
  • Informações: (71) 3324-4520

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