Escolher um bom chocolate pode ser uma tarefa difícil, isso porque a indústria consegue enganar o leigo, com palavras que chamam atenção nos rótulos: zero, diet, light. Mas afinal, o que isso quer dizer?
Antes de mais nada, classifico um bom chocolate pela experiência sensorial (aparência, textura, cheiro, sabor), não adianta ser saudável, se não for gostoso!
Comece avaliando a lista de ingredientes. Chocolate é feito à base de massa de cacau, cacau em pó, manteiga de cacau e os demais ingredientes. Isso significa que se esses dois não constam no rótulo já no início da lista, pode ter certeza que muita adição desnecessária e esse produto não é uma boa escolha.
O primeiro ingrediente da lista, é o que sempre está em maior quantidade na receita, então se você notar que o primeiro é açúcar, já pode descartar a idéia de comprar.
Entendendo as nomenclaturas:
- Diet: são alimentos sem adição de açúcar. Muitas vezes são mais calóricos que a versão original, por adicionarem gordura para corrigir a falta de açúcar.
- Light: são alimentos com redução mínima de 25% das calorias ou de algum nutriente como gordura, sódio, açúcar. Mas não são isentos deles.
- Zero: são alimentos isentos de nutrientes em relação ao alimento original, por exemplo a lactose, açúcar, glúten. Também são reduzidos em calorias favorecendo tanto diabéticos quanto pessoas que querem perder peso.
Veja também:
Chocolates diet podem também apresentar algum açúcar mascarado, em forma de amido, maltodextrina e outras substâncias que apesar de não constarem como açúcares, são convertidos em glicose no sangue.
Nas versões de alto teor de cacau, como 70% ou mais, é interessante observar se o primeiro ingrediente é a massa de cacau, seguido do açúcar ou adoçante, pois indica que aquele alimento tem qualidade. Também olhar a tabela nutricional para saber o teor de carboidratos, açúcares e adoçantes como poliois (nas versões zero açúcar).
Apesar dos poliois serem considerados carboidratos, não são absorvidos da mesma forma que o açúcar pelo corpo, já que não são metabolizados. Sendo assim nos rótulos costumam aparecer junto com carboidratos mas podem ser subtraídos do valor total.
Adoçantes como sorbitol, stevia e sucralose no chocolate são uma bela combinação no ponto de vista nutricional e sensorial.
Mas cuidado com as quantidades, pois os poliois, principalmente xilitol e sorbitol têm efeito laxativo, é importante controlar o tamanho da porção. O ideal é que a lista de ingredientes seja pequena e que não contenha nomes difíceis de pronunciar. Quanto mais natural, melhor.
Algumas fibras podem ser adicionadas para melhorar a textura do produto, como a polidextrose, por exemplo.
Cuidado com a Maltodextrina, é um tipo de açúcar que pode contar em alimentos para diabéticos segundo a Anvisa, infelizmente a legislação para produtos diet permite.
Outro detalhe é que se você for diabético ou por algum motivo esteja controlando a ingestão de açúcar na sua alimentação, não se iluda com versões de chocolate orgânico com açúcar “saudável”. Açúcar de coco, demerara, mascavo, de maçã, mel, todos esses não passam de açúcar.
E agora o mais importante, tudo na vida é o quanto você come. Se você consumir até 20g de um bom chocolate ao dia, dificilmente vai interferir na sua saúde, pelo contrário, chocolates com alto teor de cacau contém boas doses de antioxidantes que vão promover saúde e bem-estar. Feliz Páscoa a todos!!!
Confira uma receitinha de sobremesa deliciosa para o período
Fernanda Macuco
Fernanda Macuco
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