E a Viola chorou... emocionada com a calorosa receptividade dos brasileiros, a estrela internacional do cinema, a atriz americana Viola Davis, lançou na segunda-feira (19), no Rio de Janeiro, o filme “A Mulher-Rei”, onde interpreta com todo vigor a guerreira-general Nanisca.
A apresentação do longa-metragem foi para trezentos convidados, entre produtores, diretores e artistas. Eu conversei com Lázaro Ramos e ele me contou que a exibição foi memorável, com a plateia aplaudindo várias cenas. No final da sessão, Lázaro e Taís Araújo entrevistaram em inglês, no palco do Copacabana Palace, Viola e o marido, o ator e produtor Julius Tennon.
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Com tantos aplausos do público, que reconheceu a bela atuação da protagonista, a ganhadora de um Oscar, um Emmy Award e dois Tonny Awards não segurou as lágrimas e chorou agradecida pelo carinho de todos.
Carinho que já tinha sido a tônica na recepção que Lazinho e Taís proporcionaram ao casal famoso, assim que eles chegaram ao país. Foi uma noite típica da Bahia. No menu do jantar, entre outros pratos, comida de azeite: moqueca, abará, feijão fradinho, peixe grelhado e outras iguarias.
Segundo o dançarino Zebrinha, um dos convidados do encontro, Viola é boa de garfo, não come carne, é vegetariana e gostou muito do bolinho de feijão, sem carne. Ele me revelou ainda que a artista é uma pessoa simples, que demonstra muita gratidão pela transformação que tem acontecido em sua vida. Levando em consideração o que me relataram, foi uma noite especial, de troca, afeto, cumplicidade e militância.
Lázaro e Taís dividiram esse momento único com personalidades negras exponenciais da cultura afro, como as atrizes Dandara Mariana, Zezé Motta e Léa Garcia; além dos cantores Seu Jorge e Iza; o ator Ícaro Silva; a jornalista da Globo News, Flávia Oliveira; e a filósofa Djamila Ribeiro.
O diretor de "Medida Provisória" observou que o casal estava entusiasmado com a acolhida e contou que eles têm conhecimento sobre a sétima arte em nossa terra, inclusive elogiando o desempenho de Léa Garcia no filme "Orfeu Negro”.
Lázaro Ramos disse também que a atriz americana tem uma excelente expectativa sobre ‘’A Mulher Rei’’, filme que - segundo ela - pode ser uma virada de mesa das mulheres pretas. Por fim, me confessou que Viola Davis adorou a nossa espontaneidade e mostrou a vontade de visitar a Bahia. Tomara, Viola, pois a Bahia e os baianos te esperam de braços abertos!
O FILME
Já em cartaz nos cinemas, “A Mulher Rei" é uma super produção que bateu recorde de bilheteria nos Estados Unidos. Só nesse último fim de semana, arrecadou 19 milhões de dólares. Para o diretor, dramaturgo e roteirista Elisio Lopes, o filme é “uma obra grandiosa, de coragem, de bravura, é filme de mulher preta no melhor que isso possa transformar de talento e potência. Elenco diferenciado, tudo impecável. Destaque especial para o elenco feminino, um show de interpretação da protagonista à figuração", conclui o diretor.
A história de " A Mulher Rei" é baseada em fatos reais, se passa no Reino de Daomé - hoje Benim - entre os séculos XVII e XIX. O longa conta a história das Agojie, um exército composto só por mulheres que protegiam o Reino de Daomé nos anos 1800. Eram guerreiras com muitas habilidades, estrategistas, na luta contra o inimigo. Vamos lá, minha gente, o filme é extraordinário. Vamos lotar os cinemas, mostrar nossa força! Levem suas crianças. Para mim, "A Mulher Rei" é uma ação afirmativa, merecendo, portanto, nossa ilustre presença.
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