A solenidade é nesta sexta-feira (13), às 17h, no salão nobre do Palácio da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela, em Salvador. José Carlos Capinan é um dos poetas mais importantes da geração dele. Nasceu em 1941, na cidade de Entre Rios. Aos 15 anos, Capinan se descobriu poeta e não parou mais de escrever. Formado em Pedagogia, deu aula no interior, estudou direito, mas não concluiu. É médico de formação e já me contou em uma entrevista, aqui na minha coluna, que fez medicina para entender as dores do poeta. A música foi mais forte.
O baiano fez história no Movimento Tropicalista, que aconteceu na metade da década de 60. Uma de suas canções emblemáticas - Soy loco por ti América - foi sucesso na voz de Caetano Veloso e regravada, posteriormente, pelo parceiro Gilberto Gil e pela diva do axé, Ivete Sangalo.
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Capinan teve seus versos musicados em parcerias com Edu Lobo, Fagner, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jards Macalé, Paulinho da Viola. Canções imortalizadas nas vozes de Gal Costa, Elis Regina, Maria Bethânia, João Bosco e também Caetano. O título que Capinan vai receber nesta sexta é o mais importante concedido por uma Universidade, título este aprovado em sessão do Conselho Universitário, que considerou a contribuição do poeta à cultura, à educação e à humanidade. O título é concedido pelas Congregações da Faculdade de Medicina e Escola de Música da Ufba.
Vamos lembrar os versos de Ponteio? Campeã da terceira edição do Festival de Música Popular Brasileira da Record, em 1967, a canção é uma parceria de Capinam com Edu Logo.“Era um, era dois, era cem. Era um mundo chegando e ninguém. Que soubesse que eu sou violeiro. Que desse amor ao dinheiro. Era um, era dois, era cem. Vieram me perguntar. Você de onde vai, de onde vem. Diga logo o que tem pra contar. Parado no meio do mundo. Senti chegar meu momento. Olhei pro mundo e nem via. Nem sombra, nem sol, nem vento. Quem me dera agora tivesse a viola pra cantar…”. Viva Capinam! Vamos lá abraçar nosso poeta.
MUDANÇA NO ELEGANTEMENTE SOFISTICADO
Agora o presidente do Cortejo Afro é Rogério Oliveira. O mestre Giba Gonçalves permanece como Diretor Musical. O mesmo acontece com o artista plástico Alberto Pitta, que se mantém no cargo de Diretor Artístico. Pitta deixa a presidência do bloco para cuidar da carreira artística. Nos últimos anos houve um crescimento e reconhecimento de seu trabalho como artista plástico, o que tem levado o artista para o Continente Africano e a Europa.
DOMINGO É DIA DE LAVAR AS ESCADARIAS DE MADELEINE
O evento criado pelo santamarense Robertinho Chaves chega a sua 23ª edição. Há mais de duas décadas, o mestre Giba Gonçalves, soteropolitano do Curuzu, rege o cortejo do Grupo Percussivo Batalá, que participa da Lavagem. É um espetáculo indescritível! Dá orgulho ver aqueles homens e mulheres de vários países arrastando uma multidão. Veko é uma atração à parte, a marca do Cortejo Afro. Quando ele dança, o povo enlouquece. Tenho certeza que ele vai brilhar novamente.
ÂNGELA VELLOSO DE VOLTA COM O SHOW REISEN
Depois de cinco anos e mais madura, ela nos apresenta uma mistura de sons e gêneros. E volta bem acompanhada. Quem assina a direção musical é o violonista, compositor e arranjador Duarte Velloso. Perceberam? Filha e pai no palco da Casa do Improviso, Rua Aguinaldo Brito, 39, Federação. Por hoje é só, até quinta–feira.
Wanda Chase
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