Dos 32 participantes da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, que está sendo realizada nos Estados Unidos, quatro já ergueram a taça do Mundial de Clubes da FIFA (2000-2023): o pentacampeão Real Madrid (2014, 2016, 2017, 2018 e 2022), o bicampeão Bayern Munich (2013 e 2020), a Internazionale (2010), o Chelsea (2021) e o Manchester City (2023).
Entre os que já foram campeões do Mundial de Clubes da FIFA e não participam da competição em curso nos Estados Unidos estão o tricampeão Barcelona (2009, 2011 e 2015), o bicampeão Corinthians (2000 e 2012), São Paulo (2005), Internacional (2006), Milan (2007), Manchester United (2008) e Liverpool (2019).
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O Real Madrid é o atual campeão da Copa Intercontinental da FIFA, torneio que substituiu o Mundial de Clubes já em 2024 e terá disputa anual seguindo praticamente o mesmo critério de participantes e de disputa, reunindo os vencedores de cada uma das confederações e o campeão do país-sede.
Já os vencedores da antiga Copa Intercontinental (1960-2004) que participam atualmente da Copa do Mundo de Clubes da FIFA estão novamente Real Madrid, Internazionale e Bayern. Boca Juniors, Juventus, Porto, Atlético de Madrid, Flamengo, River Plate e Borussia Dortmund não foram campeões do torneio adotado em 2000.
Os Sem-Mundial
Em ordem alfabética, dos que disputam o torneio nos Estados Unidos, há 20 clubes que nunca foram campeões mundiais até hoje: Auckland City, Al Ahly, Al Ain, Al Hilal, Benfica, Botafogo, Espérance de Túnis, Fluminense, Inter Miami, Los Angeles, Mamelodi Sundowns, Monterrey, Pachuca, Palmeiras, Paris Saint‑Germain, Salzburg, Seattle Sounders, Ulsan Hyundai, Urawa Red Diamonds e Wydad Casablanca.
Mas como não há paz entre os torcedores, principalmente quando veem arquirrivais possuindo títulos que ainda não têm, a história acaba sendo contestada e os fatos comprovados pouco valem para os fanáticos. É o caso do Palmeiras, que venceu a Copa Rio em 1951, um torneio disputado no Brasil com a participação de alguns clubes europeus e sul-americanos. Diante da chacota de seus adversários por não ter o sonhado título, o clube passou a reivindicar, mais de 50 anos depois, o reconhecimento do troféu como "Mundial de Clubes".
Anos depois, a FIFA emitiu uma nota oficial reconhecendo a Copa Rio de 1951 como um “torneio de dimensão internacional”, mas não equiparou o título ao Mundial de Clubes criado pela própria entidade em 2000 nem à antiga Copa Intercontinental (1960-2004). O próprio Joseph Blatter, então presidente da FIFA, afirmou que o reconhecimento foi mais político e simbólico do que técnico. O clube não aparece na lista oficial de campeões mundiais no site da FIFA, a contragosto dos seus torcedores que exibem uma estrela no escudo do seu uniforme.
Situação parecida ocorreu durante a disputa do Mundial de Clubes de 2023, quando os dirigentes do Fluminense, que venceu o mesmo torneio em 1952, se reuniram com representantes da FIFA para pleitear o reconhecimento da conquista com o título de campeão mundial e ficaram sem resposta. A tentativa de golpe não se restringe aos brasileiros, pois o Wydad Casablanca, por exemplo, também deseja o reconhecimento como campeão mundial por ter conquistado o Campeonato Afro-Asiático de Clubes de 1993.
A FIFA mantém a decisão que todos os clubes que conquistaram a Copa Intercontinental, jogada entre 1960 e 2004, e o Mundial de Clubes da FIFA, de 2000 a 2024, seguem tratados como Campeões do Mundo. Os outros não.
Sílvio Tudela
Sílvio Tudela
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