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TABUS, TRETAS E TROÇAS COM SÍLVIO TUDELA

Relembre os jogadores brasileiros acusados de agressão às mulheres

Na lista de casos de assédio moral, violência física, estupro e feminicídio, temos treinadores, goleiros, defensores, atacantes

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Sílvio Tudela

30/01/2023 às 11:15 - há XX semanas
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					Relembre os jogadores brasileiros acusados de agressão às mulheres
Foto: Reprodução / Instagram

Preso acusado por estupro de uma mulher na Espanha, demitido por justa causa do clube mexicano Pumas, vultosos contratos publicitários sob risco e vida pessoal totalmente tragada por um escândalo. Esse é o momento por que passa o jogador Daniel Alves, de 39 anos, aquilo que pode se chamar de um verdadeiro inferno astral.

Com uma carreira extremamente vitoriosa e o recorde de títulos para ostentar entre seus pares, o atleta que disputou a última Copa do Mundo pela Seleção Brasileira é, infelizmente, mais um jogador brasileiro acusado de agressões contra mulheres nos últimos anos. Na lista de casos de assédio moral, violência física, estupro e feminicídio, temos treinadores, goleiros, defensores, atacantes e a triste constatação que muitas vítimas não denunciam e que a impunidade acaba reinando.

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Foto: TJ MG

Um dos casos mais famosos de feminicídio do país e talvez o mais estarrecedor envolve o goleiro Bruno Fernandes, condenado em 2013 a 20 anos e nove meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, mãe de um dos seus filhos. Após seis anos e sete meses preso, em 2017, o jogador obteve um habeas corpus por uma liminar deferida pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, mas o STF voltou a julgá-lo dois meses depois e decidiu que o réu deveria voltar à prisão. Em 2019, o goleiro conseguiu uma progressão de pena para o regime semiaberto através de uma decisão da justiça de Varginha, deixando o presídio no dia seguinte.

Entre aqueles que também já foram arrastados para o olho do furacão da violência contra a mulher estão Robinho, condenado, no ano passado, pelo crime de estupro de uma jovem albanesa em uma boate em Milão, pelo Supremo Tribunal da Itália. O jogador segue sua vida normal no Brasil e nada indica que a situação irá mudar por enquanto.

Também vem da Itália o caso de Alessandro Faiolhe Amantino, conhecido como Mancini, hoje aposentado e, na época, jogador da Inter de Milão. Ele foi condenado a dois anos e oito meses de prisão pela Justiça local por estupro e lesão corporal contra uma jovem, numa festa em Milão organizada por Ronaldinho Gaúcho, que atuava no Milan.

O atacante Danilo Verón Bairros (Danilinho), com passagens pela Europa e grandes clubes do Brasil e atualmente no Central (PE), foi acusado de estupro e ameaça de morte em 2013, quando atuava pelo Tigres, do México. A vítima possuía 17 anos. Antes disso, no mesmo país, ele foi acusado de agressão pela ex-namorada, também menor de idade, após o término do relacionamento.

Ex-atacante do Botafogo (RJ) e atualmente no Rio Branco (PR), Jobson Leandro Pereira de Oliveira (Jobson), acabou preso como suspeito de estuprar em grupo quatro adolescentes no Pará, em 2016. O jogador foi acusado de estupro de vulnerável, disponibilização de fotografia pornográfica de menor na internet e oferecimento de bebida alcoólica a adolescente. Em dezembro de 2022, quando o processo estava na etapa de alegações finais, a Justiça homologou um acordo entre Ministério Público Estadual (MPE) e os réus de não persecução penal do caso, que possibilita outras formas de reparação dos danos causados com o delito.

Com uma trajetória de sucesso no São Paulo, Grêmio, Flamengo, Olympique de Marseille e Hertha Berlim e passagens pela Seleção Brasileira, o meio-campista Marcelo dos Santos (Marcelinho Paraíba) foi indiciado e preso preventivamente por estupro de uma advogada durante uma festa no sítio dele, em Campina Grande, no final de 2011. Atualmente, o ex-jogador é técnico de um time da segunda divisão na Paraíba.

Em 2021, Neymar teve seu contrato de patrocínio com a Nike rompido após uma investigação interna de um suposto caso de assédio sexual contra uma funcionária da empresa ocorrido em um hotel, em 2016, quando o brasileiro e Michael Jordan, ídolo do basquete mundial, participaram juntos de uma campanha publicitária em New York. De acordo com a Nike, o atleta teria se recusado a contribuir com essa investigação. O craque brasileiro protestou nas redes sociais. O assunto não chegou às autoridades.

Outro caso que sacudiu o noticiário remonta ao goleiro Jean Paulo, então no São Paulo, que foi preso por violência doméstica, acusado de agredir a esposa, durante uma viagem de família nos Estados Unidos. O boletim de ocorrência apontou oito socos e, após audiência de custódia, o goleiro voltou ao Brasil e não pagou fiança, mas responde ao processo em liberdade.

Acusado de estupro coletivo de uma garota de 13 anos em julho de 1987, o técnico Alexi Stival (Cuca), era, na época, atacante do Grêmio e foi condenado junto com outros três jogadores pela Justiça da Suíça, onde o crime ocorreu. Eles ficaram detidos por 28 dias preventivamente e dois anos depois foram condenados, mas todos cumpriram pena em liberdade.

Mesmo sem muito aprofundamento, quase todos os pouquíssimos casos que chegam à mídia e foram citados envolvem como justificativa dos agressores a desculpa de que a vítima estaria bêbada ao ponto de ficar inconsciente, que rolou uma carona inocente, não houve resistência e que existiu consenso da mulher no ato sexual, punindo novamente a vítima. É certo que nem todas as denúncias se confirmam, mas, de todo modo, acabam sendo muito suspeitas e manchando para sempre a história de certos atletas.


				
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