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Tabus, Tretas e Troças

STF adia decisão e permanência do comando da CBF

Mantido no cargo por meio de liminar, mandato de Ednaldo Rodrigues na CBF vai até março de 2026. Mas, novas eleições podem ser convocadas em 2025

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Silvio Tudela

14/10/2024 às 9:00 - há XX semanas
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Quinto presidente praticamente seguido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a se envolver em polêmicas e disputas jurídicas e políticas, Ednaldo Rodrigues, foi destituído do cargo um dia após a final do Campeonato Brasileiro do ano passado. Isso aconteceu a partir de uma decisão judicial que considerou como ilegítima as eleições que o possibilitaram chegar à presidência da entidade.


				
					STF adia decisão e permanência do comando da CBF
STF adia decisão e permanência do comando da CBF. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Na sequência do afastamento, a FIFA e a Conmebol não reconheceram a destituição de Ednaldo Rodrigues e ameaçaram excluir times e seleções brasileiras de competições internacionais. Depois de uma intensa batalha judicial que envolve ações do Ministério Público do Rio de Janeiro e Tribunal de Justiça do Estado e, principalmente, os grupos políticos interessados na cadeira do presidente, o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF).

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No julgamento do tema que envolve a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF, o ministro Gilmar Mendes votou na última quarta-feira, 09 de outubro, a favor do dirigente e defendeu os termos da decisão liminar dada por ele mesmo, em janeiro deste ano e que está em vigor atualmente. Na sequência, o ministro Flavio Dino pediu vistas, adiou o resultado e, com isso, não é possível prever quando o assunto voltará ao Plenário do STF.

O mandato de Ednaldo Rodrigues, que começou em março de 2022, vai até março de 2026, mas as eleições para presidente e vices da CBF podem ser convocadas a qualquer momento no último ano de mandato, a partir de março de 2025.

Longa história de irregularidades na CBF


				
					STF adia decisão e permanência do comando da CBF
STF adia decisão e permanência do comando da CBF. Foto: CBF

A CBF nasceu em 1979, após o fim da Confederação Brasileira de Desportes (CBD), por absoluta pressão do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da própria FIFA para que existisse uma federação que organizasse exclusivamente o futebol e fosse dissociada dos esportes olímpicos.

Desde então, entre escândalos, condenações e afastamentos, o posto mais alto da CBF sempre foi alvo de grandes disputas políticas por poder e influência no futebol brasileiro. Último mandatário antes de Ednaldo Rodrigues, Rogério Caboclo (2019-2021) foi afastado definitivamente de suas atividades após ser acusado formalmente de assédio sexual e moral por duas ex-funcionárias da entidade.

Ele substituiu Coronel Antônio Carlos Nunes (2017-2019), nomeado em um dos últimos atos de Marco Polo Del Nero na presidência para manter seu grupo político no poder. Coronel Nunes assumiu o cargo por ser o mais idoso entre os vices em atividade, tendo uma gestão figurativa e marcada por gafes.

Antes dele, Marco Polo Del Nero (2015 a 2017) foi banido de todas as atividades relacionadas ao futebol pelo recebimento de propina e outras irregularidades no exterior e não deixou mais o Brasil, onde não é investigado. Seu antecessor no cargo, José Maria Marin (2012 a 2015) foi condenado pela Justiça norte-americana por crimes ocorridos na sua gestão à frente da CBF. O ex-presidente foi detido em um hotel na Suíça e extraditado aos Estados Unidos, onde foi julgado e condenado à prisão.

Nome mais antigo dessa lista é Ricardo Teixeira (1989 a 2012), investigado e condenado por suborno entre 2006 e 2012, quando possuía importante papel na negociação de contratos de direitos de mídia e marketing relacionados a torneios da CBF, Concacaf e Conmebol. O dirigente foi punido com o banimento de qualquer atividade relacionada ao futebol, tanto nacionalmente quanto internacionalmente.

Imagem ilustrativa da coluna TABUS, TRETAS E TROÇAS COM SÍLVIO TUDELA
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