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Babalorixá denuncia caso de racismo religioso em igreja de Salvador

Caso aconteceu na Igreja dos Mares, um dia depois da data em que é celebrado o Dia Nacional do Candomblé. Babalorixá relatou que foi expulso da igreja

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Mayra Lopes

25/03/2024 às 18:32 • Atualizada em 25/03/2024 às 23:59 - há XX semanas
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Um babalorixá denunciou um caso de racismo religioso em em uma igreja católica em Salvador. Ele e dois iaôs (filhos de santo em iniciação no candomblé) foram sido expulsos da Igreja dos Mares, localizada na Cidade Baixa, durante uma missa.


				
					Babalorixá denuncia caso de racismo religioso em igreja de Salvador
Babalorixá denuncia caso de racismo religioso em igreja de Salvador. Foto: Reprodução / Redes Sociais

O caso aconteceu na sexta-feira (22) e é investigado pela Polícia Civil, através da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid).

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O babalorixá Adriano Santos, em entrevista ao g1 bahia, disse que foi a igreja com os iaôs para receber a bênção do padre, costume que alguns terreiros têm devido ao sincretismo religioso.

Na ocasião, Adriano e os iaôs estavam vestidos com roupas da religião de matriz africana. "O padre parou a missa e mandou a gente sair, disse que eu estava desrespeitando a religião dele", afirmou Adriano.

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					Babalorixá denuncia caso de racismo religioso em igreja de Salvador
Caso aconteceu na Igreja dos Mares, um dia depois da data em que é celebrado o Dia Nacional do Candomblé. Babalorixá relatou que foi expulso da igreja. Foto: Henrique Mendes/G1 BA

O que o padre disse ao babalorixá

O crime ocorreu um dia depois da data em que é celebrado o Dia Nacional do Candomblé. Ainda segundo o babalorixá, ele questionou ao padre a situação. Como resposta, o religioso teria dito que "não tinha como haver dois cultos".

"Respondi que não havia dois cultos, que os meninos estavam ali só para ver a missa. Como ali é uma casa de Deus, eu acho que ele não deveria colocar ninguém para fora", disse o babalorixá Adriano Santos.

A mãe de um dos iaôs também presenciou a cena. Segundo ela, a situação foi muito rápida: logo após sentarem em um dos bancos do templo, o grupo foi convidado a se retirar do local.

"Me senti muito ofendida, me doeu muito. Candomblé é como qualquer outra religião, nós cultuamos a mesma humanidade, o mesmo amor ao próximo, a mesma devoção que qualquer outra pessoa tem com sua religião, nós temos com a nossa", afirmou.

Após saírem da igreja, o grupo denunciou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público da Bahia (MP-BA).

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