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Após reunião com Dilma, Orlando Silva diz que continua ministro

Ministro do Esporte é suspeito de desvio de verba de programa do ministério. Ele conversou com presidente por mais de uma hora; Silva nega acusação

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21/10/2011 às 21:03 • Atualizada em 14/09/2022 às 0:33 - há XX semanas
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Após reunião de quase uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disse em entrevista no Planalto do Planalto que permanecerá no cargo. Ele é acusado por um policial militar de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos públicos do ministério. "Ela me sugeriu serenidade, paciência e reafirmou confiança no nosso trabalho", relatou o ministro. Ao final da entrevista, no salão nobre do Palácio do Planalto, ele recebeu um abraço do assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Segundo Orlando Silva, a presidente demonstrou "tranquilidade e confiança" e pediu para que a equipe do Ministério do Esporte continue o trabalho. Ele afirmou que "desmascarou" as acusações contra ele. "Na conversa, nós esclarecemos os fatos, as acusações que tenho sofrido. Desmascarei as mentiras", declarou. O ministro disse que Dilma ouviu atentamente as explicações e se mostrou "tranquila". Segundo ele, ao final da reunião, foram discutidos temas da agenda do ministério. Silva afirmou que deu detalhes da atuação da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos em Guadalajara, no México, e informou a ela sobre os preparativos para a visita ao Brasil do presidente da Fifa, Joseph Blatter. A presidente decidiu manter o ministro no governo apesar de ele ter enfrentado quase uma semana de desgaste político, depois da divulgação da denúncia de que o ministro teria participação em um esquema de desvio de dinheiro público do Segundo Tempo, um programa do federal destinado a promover o esporte em comunidades carentes. Silva foi acusado pelo policial militar João Dias Ferreira, em reportagem publicada pela revista "Veja" no domingo (16), de ter recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério. Durante toda a semana, o ministro negou participação no suposto esquema e afirmou que não há provas contra ele. Em audiência no Senado, disse que a denúncia é uma tentativa de tirá-lo à força do ministério. Afirmou também que a acusação é uma "reação" à cobrança do ministério, que pede a devolução, por supostas irregularidades, de R$ 3 milhões recebidos pelas ONGs do policial de convênios com o Ministério do Esporte.

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