Ao longo da vida, as pessoas passam por diversas experiências que permanecem guardadas na memória, e, assim, todo mundo tem uma boa história para contar. Mas quantas registros uma cidade pode oferecer? Fomos em busca dessa resposta na Casa das Histórias de Salvador. Bora Ali?
Inaugurada no dia 29 de janeiro deste ano, a Casa das Histórias de Salvador, é um espaço reservado para apresentar aos soteropolitanos e turistas a trajetória histórica da capital baiana. Localizada no Comércio, ao lado do museu Cidade da Música, o espaço é considerado um dos únicos Centros de Interpretação do Patrimônio.
A estrutura da Casa das Histórias de Salvador
O museu é separado em quatro andares, sendo o último conectado ao prédio do Arquivo Público. A linha temporal das exposições segue do térreo até o último andar, ligadas perfeitamente pelas 'Escadas do Patrimônio', com degraus decorados por imagens do Subúrbio Ferroviário, criações de José Eduardo Ferreira Santos, e cenas de manifestações culturais, do azulejista Prentice.
Durante a subida o visitante é acompanhado pelos ‘sons de Salvador’, ou seja, jargões, cantos e ditos que costumam-se ouvir pela cidade, estimulando a memória auditiva.
O primeiro andar traz a representação do patrimônio natural de Salvador com uma experiência imersiva nas paisagens naturais da capital.
“O primeiro andar, vem com a proposta de contar as histórias desse território, do Comércio, desse prédio em específico, todo esse processo de construção desse território, do aterramento do mar para a gente conseguir estar nesse espaço onde é o Comércio hoje e ela tá muito focada em mostrar e fazer a gente visualizar essas paisagens tão naturais” disse Laís Cavalcante, funcionária do museu. “Então a gente tem símbolos dessa cultura de rua que a gente vê, da capoeira, do Elevador Lacerda, das igrejas, que são significativos na paisagem de Salvador”, concluiu.
No segundo andar, você entende melhor sobre a formação da geografia de Salvador por meio de uma maquete topográfica do Centro Histórico. E ainda no mesmo pavimento, dá para ver as conexões históricas de alguns fatos a bairros da capital com os "Diálogos do Patrimônio". É o monitor Vitor Barbosa quem conduz o público nessa experiência:
"Bom aqui no segundo andar, quem visitar vai poder conhecer um pouco mais sobre a história de Salvador, nós temos uma maquete do qual representa um quarto da extensão territorial da cidade e cada ponto de luz presente nela nos conta uma história que pode ser explorada através dos painéis , nós temos também alguns materiais táteis que são acessíveis a pessoas com baixa visão, deficiência visual e são todos convidados a conhecerem a casa das histórias", disse Vitor.
No terceiro piso, as pessoas podem conhecer diferentes vivências do mais amplo grupo de moradores de Salvador. São, ao todo, 24 personalidades entre mulheres, homens e crianças que abrem o coração e falam sobre o sentimento de pertencimento à capital baiana.
Wendy Honorado, monitora do terceiro andar, comentou sobre a proposta da exposição: “A casa compreende as pessoas como o nosso maior patrimônio porque elas compõem a cidade".
Ela complementa que nesse mesmo pavimento os visitantes também são convidados a assistir à exibição do documentário 'Trançando Festas', que fala sobre as festividades religiosas e populares de Salvador.
"Do outro lado ainda tem uma porta que dá acesso ao andar que foi construído anexado ao Casarão que é onde está contido o Arquivo Público de Salvador e uma pequena amostra do Acervo da Laje que está aqui em comemoração aos 14 anos", afirmou, se referindo ao quarto e último andar da Casa.
Serviço
Localização: R. da Bélgica, 2 - Comércio
Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h (entrada até 17h), e com entrada gratuita até o dia 31 de março.
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AUTOR
Lara Letícia
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