A diminuição do espaço dentro dos lares tem se mostrado uma tendência, segundo estudo feito pela Secovi-SP. Só na capital paulista, houve uma diminuição de 27% no espaço dos novos apartamentos na última década. Para otimizar o espaço, a melhor saída é usar os objetos para mais de uma função.
Para a arquiteta e urbanista Fernanda Messias, a popularização de moradias pequenas levou à procura pela adaptação desses ambientes. Sem perder a "esbelteza", Fernanda propõe cômodos multifuncionais como válvula de escape para locais compactos.
“Ambientes com múltiplas funcionalidades serve, sobretudo, para otimizar espaços. Uma penteadeira, por exemplo, pode ser uma bancada de trabalho. Outros cômodos em potencial, como as populares salas de TV ou Offices podem se tornar, ao mesmo tempo, um quarto para hóspedes”, explica.
A frente da T3 Arquitetura, Fernanda atenta que qualquer ambiente está apto para novas funções, desde que as dimensões atendam ao mínimo para as atividades que se visa praticar. Segundo a arquiteta, integrar ambientes, utilizar prateleiras, diminuir o excesso de objetos, usar móveis dobráveis e mobília funcional são dicas essenciais para adaptar espaços compactos.
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Complementando, a profissional atenta para a iluminação dos ambientes, fator que não deve ser subestimado na hora de projetar moradias pequenas. “Uma boa iluminação, além de trazer aconchego e beleza aos ambientes, é peça fundamental na construção do projeto, destacando a decoração e dando a sensação de espaços mais amplos. Luz natural e ‘trilhas’ de lâmpadas, por exemplo, estão cada vez mais na moda”, elucida.
Desmistificando a narrativa de encher espaços mal aproveitados com quinquilharias, Fernanda acredita que bons projetos já devam captar a essência do que se planeja suprir no dia a dia.
“A beleza das moradias devem ser consequência de vários fatores do projeto, desde iluminação, mobiliários, cores, marcenarias, papéis de paredes e outros. Boas plantas não devem ter a finalidade de ‘tapar buracos’, e para tal, é preciso distinguir ‘objetos para vislumbre’ de ‘objetos funcionais’. As peças “de vislumbre” servem apenas para personalizar a produção final, enquanto os funcionais são essenciais para dar versatilidade aos ambientes”, conclui.
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Redação iBahia
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