Quer deixar a casa de cara nova para celebrar as festas de fim de ano? Vale mudar as cores dos cômodos e escolher a tinta ideal pode ser um desafio. Embora o látex, acrílico e à óleo sejam as opções mais conhecidas do mercado, outra opção que vem retomando espaço nas residências pela originalidade e durabilidade é a “tinta texturizada” — feita com partículas visíveis que permitem “desenhar” a superfície.
Alternativa para o liso tradicional, estima-se que as “texturas” tenham feito sucesso no Brasil por volta da década de 90, ao lado de azulejos floridos e cores quentes. Embora as texturas não sejam novidades decorativas, o arquiteto Márcio Barreto explica que o mercado está reaquecendo ao trazer produtos e ferramentas que proporcionam experiências inovadoras a quem deseja repaginar um ambiente através da técnica.
“A tinta texturizada é uma opção excelente para quem deseja ousar no espaço e sair da pintura convencional. Existem muitas opções de formatos e cores, deixando brechas, inclusive, para dúvidas a respeito de qual é o tipo ideal para cada cômodo e como é possível realizar essa transformação. A textura ainda tem uma excelente vantagem no que diz respeito a durabilidade e o disfarce de pequenas irregularidades na estrutura física da parede”, relata.
Segundo o arquiteto, o uso da texturização em paredes externas auxilia nos efeitos causados pelo sol e chuva, sobretudo em casas. Nas áreas externas, Márcio salienta o uso do “grafiato” - técnica de desenho com efeito tridimensional, realizado através de uma “desempenadeira”.
“Há diversos desenhos diferentes, entre os mais básicos e os mais ousados. É possível usá-la na área externa, mas também em ambientes internos, só que, como possui esse efeito de profundidade, pode acumular mais poeira que o normal e não ser a melhor escolha para cômodos como quartos e cozinha. Para a transformação, você deve comprar uma massa específica para texturas e caso deseje fazer você mesmo, é preciso adquirir a ferramenta ideal para o efeito desejado. Embora o processo pareça simples, é sempre um risco não investir na ajuda profissional”, elucida.
A frente da Arquitetura do Barreto, Márcio indica outra maneira de usar a técnica de textura: investir em paredes que possuam desenhos inspirados em materiais pré-existentes, como o “efeito mármore” ou “cimento queimado”. Ambos, segundo o arquiteto, precisam de uma texturização mais elaborada, pois exige conhecimento no uso correto do material, ferramenta e criação dos desenhos.
“Existe uma variação imensa de estilos que podem ser aplicados em qualquer cômodo da casa, permitindo um maior destaque para alguma parede específica e criando uma nova perspectiva de decoração. No geral, a técnica de textura é uma excelente forma de repaginar o ambiente gastando pouco”, conclui Márcio.
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Redação iBahia
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