Mais comuns em cães, apesar de haver casos também em gatos, a doença do carrapato pode levar a morte do animal, caso não seja diagnosticada e tratada de forma rápida.
De acordo com a médica veterinária Aretha Alves, há dois tipos mais comuns da doença.
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“Ela pode se apresentar de dois modos, como erlichiose ou babesiose. O vetor é o carrapato marrom e se ele estiver infectado vai transmitir a doença através da inoculação da saliva”, explica.
Sintomas
Os sintomas da doença podem ser confundidos com os de outras enfermidades.
O animal pode ficar apático, ter falta de apetite, vomitar e apresentar sangue nas fezes.
É importante que ele seja levado o mais rápido possível para consulta com o médico veterinário.
“Como os sintomas são parecidos com os de outras doenças, nós vamos fazer alguns exames para confirmar o diagnóstico. O animal fará exames físicos e laboratoriais, além de ultrassom para verificar alguma alteração no baço. Todos os exames são complementares e poderão indicar a doença do carrapato”, detalha a veterinária.
Com o diagnostico confirmado é iniciado o tratamento que pode durar semanas, a depender da fase clínica do animal. Como muitas vezes o pet fica desidratado e anêmico, ele precisa ficar internado.
Prevenção
Todo mundo sabe que prevenir ainda é melhor do que remediar, por isso, atenção para os cuidados que devem ser tomados em casa.
Segundo Aretha Alves, não basta eliminar os carrapatos do animal para evitar a doença.
O ambiente em que ele vive também precisa ser observado.
“95% dos carrapatos estão no ambiente e apenas 5% no animal. Eles só vão para o pet para se alimentar, por isso é importante que haja o controle também no ambiente. Hoje em dia existem produtos específicos pra isso, e todas as orientações de uso estão na embalagem”, conta.
Para o pet, o mercado veterinário também dispõe de produtos que protegem o animal por até três meses.
Consulte o médico veterinário para saber qual a melhor opção para o seu filhote de quatro patas.
Como retirar o carrapato?
Muita gente acha que ao arrancar o carrapato do pet ele estará livre das doenças. Não é bem assim.
O aparelho bucal do parasita fica preso no corpo do animal se ele não for retirado de forma correta.
O ideal é que se use uma pinça especial e luvas, já que o homem também pode ser infectado pelo carrapato.
Ao tirar o parasita, mergulhe o carrapato no álcool para matá-lo.
Jogar no lixo enrolado a um papel não é garantia de que ele estará morto.
E os gatos?
É muito difícil um gato ter doença do carrapato, mas não impossível.
Como os felinos são naturalmente mais limpos, por manterem uma rotina de lambeduras, é mais difícil um carrapato se instalar no animal.
“A própria língua áspera do gato retira o carrapato. No entanto, os felinos não estão livres de outra doença, só que transmitida pelas pulgas”, diz Aretha.
A micoplasmose felina também é conhecida como anemia infecciosa e a melhor forma de evitá-la é manter o ambiente longe dos parasitas.
Castrar o felino ajuda a manter o animal dentro de casa e evita que ele adquira pulga de animais na rua.
Gabriela Braga
Gabriela Braga
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