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Interesse por animais exóticos e silvestres aumenta na pandemia 

Antes de buscar um animal exótico ou silvestre para criar em casa é importante, no entanto, se informar sobre a legislação brasileira

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Gabriela Braga

15/07/2022 às 7:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:57 - há XX semanas
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					Interesse por animais exóticos e silvestres aumenta na pandemia 

É comum quando falamos em pets pensarmos imediatamente em cães e gatos. Mas tem sido cada vez mais comum famílias adotarem alguns animais que fogem desse perfil, preferindo os animais exóticos ou silvestres.

Na lista dos mais procurados estão os coelhos, porquinhos da Índia, aves, hamsters, jabutis e também os furões. Segundo Rodrigo Arapiraca, médico veterinário de animais silvestres e exóticos, durante a pandemia, a busca por esses pets aumentou.

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“A procura por animais que são menores, que é possível manter em gaiolas, em cercados, como coelhos e porquinhos da índia, tem aumentado bastante. As pessoas têm percebido que há outras possibilidades, que vai além de cães e gatos. Pessoas veganas, que não gostam de ter nada de proteína animal em casa, ter um coelhinho, um porquinho da Índia, é mais compatível com seu modo de vida”, relata.

Antes de buscar um animal exótico ou silvestre para criar em casa é importante, no entanto, se informar sobre a legislação brasileira. De acordo com Rodrigo Arapiraca, criar um animal silvestre em casa sem autorização, é caracterizado crime ambiental.

"Quando se trata de um animal silvestre, um cágado, um jabuti, um papagaio, um lagarto, até mesmo uma serpente – que você já acha criadores legalizados - você tem que procurar um criadouro que tenha licença do órgão estadual ou federal para comprar o animal de forma tranquila”, ressalta.

“Com relação a animal exótico, algumas poucas espécies têm legislação própria. Como é o caso do furão. Só pode entrar no Brasil castrado, com a primeira vacina feita, retirada as glândulas adanais. Para adquirir ele, você precisa comprar de um importador. Já outros, que estão na portaria do Ibama você compra em qualquer petshop, com nota fiscal, como um hamster e uma calopsita”, explica.

Vale destacar que mesmo que você tenha um animal silvestre em casa que foi adquirido de forma ilegal, e ele precise de atendimento médico veterinário, o profissional vai atendê-lo.

“É bom deixar claro que assim como o médico humano atende uma pessoa que usa drogas, por exemplo, e não tem obrigação nenhuma de denunciar, o médico veterinário também pode – e deve – atender o animal independente da sua origem. Para a gente não importa, nosso compromisso legal é com a saúde do animal. A gente só tem o dever de denunciar em casos de maus tratos. Fora isso o que a gente faz é uma parte educativa, porque muita gente não sabe que o animal que tem em mãos é ilegal”.

Como cada espécie possui características próprias, Rodrigo Arapiraca recomenda que o tutor faça uma consulta com um especialista antes mesmo de adquirir o animal.

"Já teve casos da pessoa vir no consultório e perguntar, mas acabar desistindo de ter o animal por causa da demanda que ele tem. E outras pessoas que depois de entender a dinâmica reforçam a vontade de ter. Porque são animais que vão ter a necessidade de ir para veterinários com especialidade neste tipo de animal, por exemplo”.

Segundo o médico veterinário, animais como porquinhos da índia e coelhos, por exemplo, por serem presas fáceis na natureza, eles disfarçam muitos sintomas para não serem vítimas de um possível predador.

Já as aves emagrecem, e por causa da quantidade de penas, fica difícil para o tutor identificar que ela está com algum problema. Por isso que no caso dos animais exóticos ou silvestres as consultas de rotina devem ser feitas pelo menos duas vezes no ano.  

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