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Uso de coleiras de pescoço e enforcadores em cães não são recomendados por especialistas

Saiba qual é o equipamento ideal para deixar seu pet confortável e seguro durante passeio

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Gabriela Braga

08/07/2022 às 7:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 17:57 - há XX semanas
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					Uso de coleiras de pescoço e enforcadores em cães não são recomendados por especialistas

Passear com os cães é uma atividade de extrema importância para a saúde física e mental dos animais. Porém, essa caminhada pode se tornar perigosa quando os tutores escolhem o equipamento de segurança errado.

É comum a gente ver nas ruas os pets usando coleiras de pescoço e, segundo o médico veterinário Luis Carlos, o animal pode sofrer vários tipos de lesão por conta disso.

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“A região do pescoço tem estrutura e ossos muito importantes. Tem a coluna do animal, então temos o risco de uma lesão cervical, de hérnias, grandes vasos, circulação de jugular, carótida, tireoide, traqueia. Então esses tipos de lesões podem acontecer”, explicou.

Além dos problemas físicos, o médico veterinário e especialista em comportamento animal explica que os danos passam ainda pelo bem-estar do cão, já que o passeio fica limitado, uma vez que ele não consegue cheirar e nem interagir com o ambiente. Além disso, o uso das coleiras de pescoço pode gerar problemas comportamentais.

“Muitas vezes as pessoas usam esse equipamento para fazer um adestramento do animal, para limitar, para ter um controle. Mas muitas vezes isso vai gerar uma reatividade maior do animal, porque está se fazendo o tempo todo uma associação negativa”, pontua o especialista.

O veterinário traz uma situação hipotética para exemplificar. “Vamos supor: estamos usando [a coleira] para ele não latir para outros cães, porque ele não foi socializado, ele puxa muito. Mas quando ele vê um cachorro, ele é enforcado. Então a chance desse cachorro quando olhar outro cachorro associar isso a uma coisa boa é muito pequena”, disse.

“Muita gente vai dizer que ‘o meu cachorro parou de latir para outros cães’, isso é muito mais grave. Porque ele parou de latir porque era um incômodo muito forte e esse animal deixou de reagir para não sofrer uma consequência. Aí a gente vai para o aspecto emocional, e isso não é legal, nem para o vínculo com o tutor dele”, completou.

Geralmente os enforcadores são usados em cães grandes, conhecidos como animais de guarda. Nesses casos, o ideal, segundo doutor Luis Carlos, é que esse animal seja avaliado por um profissional e que ele passe por treinamentos corretos, com uso da focinheira e um peitoral adequado.

E se você tem um cão de pequeno porte, mas que também puxa bastante na hora do passeio, o ideal é buscar ajuda profissional.

“De forma segura seria primeiro o tutor treinar como se passeia com o cão, com a ajuda de um profissional que esteja do lado, que vá instruir como faz para esse cão parar de puxar. É importante também o uso de um peitoral correto. Nas minhas consultorias eu indico a coleira não como ferramenta para passear, mas sim para colocar a identificação do animal, o telefone. Mas para o passeio, o ideal é sempre o peitoral. Mas o peitoral indicado para aquele animal também, porque até mesmo esse equipamento pode causar traumas dependendo de como a gente utilize”, ressaltou.

Vale destacar que para um passeio seguro e sem puxões é recomendado realizar um controle do estresse no animal.

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