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| Os irmãos Max de Castro e Simoninha vêm resgatando a música do pai, Wilson Simonal, com o Baile do Simonal |
De passagem por Salvador, os músicos Max de Castro e Simoninha, bateram um papo com o iBahia e revelaram o desejo de trazer à capital baiana o projeto Baile do Simonal, que vem fazendo sucesso por todo o Brasil. Os músicos estão na cidade para fechar o local e a data do evento, informações que ainda não foram divulgadas pela produção, mas os irmãos confirmam que esse ano o público de Salvador terá uma edição do projeto. O evento é um encontro de gerações, uma saudação das pessoas que viveram naquela época e as que estão descobrindo as músicas do cantor Wilson Simonal, pai de Max e Simoninha. "Para nós, será um prazer cantar para o público baiano. O show ainda não tem data marcada, mas pode ser que aconteça entre agosto e setembro deste ano", revela Simoninha. "A Bahia é um lugar que tem uma cena musical artistica riquíssima. Tenho certeza que é o lugar ideal para a gente começar a divulgar este projeto. Acredito que será uma parceria bacana, temos a possibilidade de contar com vários artistas e músicos da Bahia, que tem tudo a ver com a idéia do projeto", conta Max de Castro. Acompanhados por uma banda de apoio, or músicos tocam clássicos da música popular brasileira, que fizeram sucesso nas décadas de 60 e 70. Muitas delas, são regravadas até hoje, como "Samarina", "Nem Vem Que Não Tem", "Mustang Cor de Sangue", "País Tropical", "A Tonga da Mironga do Kabuletê", "Que Maravilha", "Meu Limão, Meu Limoeiro", "Menininha do Portão" e "Zazueira"
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| Simonal foi um dos mais importantes cantores do Brasil na década de 60 |
Tributo a Simonal - Em 2009, após ser lançado o filme-documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", de Claudio Manoel, que foi sucesso de bilheteria nos cinemas de todo Brasil, os irmãos Max de Castro e Simoninha, convocaram diversos artistas, em um tributo, para relembrar um dos maiores sambistas do cenário brasileiro: Wilson Simonal. A apresentação, foi realizada em agosto do mesmo ano, no Vivo Rio, com os cantores Caetano Veloso, Seu Jorge, Os Paralamas do Sucesso, Marcelo D2, Maria Rita, Diogo Nogueira, Alexandre Pires, Samuel Rosa, entre outros. Do tributo, rendeu um CD, um DVD e um formato de show que conquistou as gerações do sul e do sudeste do Brasil: Projeto Simonal. Após o lançamento do CD e DVD, as pessoas começaram a pedir para que os irmãos levassem o show para outros locais. Durante um ano e meio, eles percorreram por diversas cidades, fazendo mais de 100 shows no sul e sudeste do Brasil. A idéia de extender o projeto para o nordeste, surgiu de uma parceria com uma empresa de comunicação de São Paulo, que tem um escritório em Salvador.
Simonal - Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro, de um funcionário de contabilidade, e após dar declarações de que era amigo de policiais do DOPS, Simonal virou "persona non grata" por parte da imprensa, da classe artística e dos esquerdistas brasileiros, em 1971, sob a legação de ser "amigo dos militares da ditadura". A partir da década de 1980, o cantor que chegou a fazer uma carreira internacional de sucesso, caiu em absoluto esquecimento. Segundo sua segunda mulher, Sandra Cerqueira, ele dizia: 'Eu não existo na história da música brasileira' ". Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de cirrose hepatica decorrente do alcoolismo. A redenção de Simonal veio com o lançamento do documentário 'Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei', que vem mostrando um outro lado desta triste história. Segundo Manuel, Simonal "pagou uma pena dura demais, desproporcional ao que ele fez, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele, não teve anistia". Seus filhos Max e Simoninha vêm resgatando a sua memória, cantando suas músicas pelo Brasil afora.
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