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Coldplay encerra a fase Mylo Xyloto com filme-show ousado

Turnê do álbum passou pelo Brasil e foi vista por mais de três milhões de pessoas

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02/02/2013 às 17:46 • Atualizada em 01/09/2022 às 16:49 - há XX semanas
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Em novembro, pouco depois de divulgar - e cancelar - duas apresentações que faria no Brasil neste Verão, o Coldplay anunciou uma pausa de três anos em que, no mínimo, o grupo vai estar afastado dos grandes palcos. Quando se fala de banda com esta dimensão gigante, álbuns e turnês fazem parte de um ciclo que é artístico, mas também de gestão de carreira. Lançado nos formatos DVD + CD, Blu-Ray + CD e digital, Coldplay Live 2012 (EMI) é um filme-show espetacular sobre a turnê do álbum Mylo Xyloto, que começou em junho de 2011, passou pelo Brasil (Rock in Rio) na mesma temporada e foi vista por mais de três milhões de pessoas ao redor do planeta. Dirigido por Paul Dugdale (o mesmo do excelente Adele no Royal Albert Hall) e com imagens ao vivo de concertos em Paris (Stade de France), Montreal (Bell Centre) e Glastonbury (Pyramid Stage), Live 2012 tem o objetivo de preencher o mural da memória de uma banda que já se dá ao luxo de realizar um filme a partir de shows.
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Não se trata apenas de som e imagem, mas de toda a construção de uma narrativa que define o momento do Coldplay: tão simples, quando o vocalista e líder Chris Martin defende não crer no mito do rock, como empenhado em acrescentar um ponto à história do gênero musical mais popular do mundo. “A turnê do Mylo Xyloto foi a mais divertida que já tivemos. Nos sentimos contentes desde o começo, em parte porque temos orgulho da música, as pulseiras de LED, a pirotecnia, os lasers e todas essas coisas, mas principalmente por causa do público surpreendente para que tocamos. Ao longo dos anos, o nosso público tem se tornado mais e mais uma parte do show em si. Eles são intensos, cheios de alma, e fazem as músicas soarem melhor do que nós mesmos”, afirma Chris Martin, 35 anos. Rival do U2 Desde que estreou vendendo cinco milhões de cópias do álbum Parachutes (2000), o Coldplay decidiu esquecer a timidez indie e cair nos braços da grandiosidade do mainstream, o grande mercado. A fase Mylo Xyloto, com canções otimistas e uma explosão visual de cores, sacramentou essa busca - e ambição. Não por acaso, num dos depoimentos que se intercalam com as performances musicais, o sensível Chris Martin revela que, enfim, o grupo pode demonstrar a sua alegria para grandes multidões. Afinal, como ingleses, eles foram educados para sentirem-se um pouco culpados diante da felicidade. A produção de Live 2012 é admirável e põe o Coldplay de vez a competir com o quarteto irlandês U2 na Liga dos Campeões. Como eles próprios afirmam, é como se os estádios que os receberam na turnê sofressem uma metamorfose cromática para se vestirem com as cores berrantes de Mylo Xyloto. Musicalmente, é uma poderosa máquina que está no palco. A soma de atuações é tão convincente que a espontaneidade tem aparência real. Quando a estrela do R&B Rihanna se junta a Chris Martin para cantar Princess of China, diante de 75 mil pessoas no Stade de France, parece um acontecimento espontâneo tal a química quando os dois se olham. A direção capricha na interação entre os músicos e o público, mostrando as pessoas como raras vezes vistas num filme de rock. “Meu principal objetivo foi fazer os olhos dos telespectadores ampliarem e seus corações baterem mais rápidos”, explica Paul Dugdale. O resultado mostra que o cineasta foi bem-sucedido. Matéria original: Correio 24 Horas Coldplay encerra a fase Mylo Xyloto com filme-show ousado e bonito

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