Paulo Borges, Márcia Ganem e Vitorino Campos durante bate-papo sobre 'Inovação e Processo Criativo' |
A roda de conversa mediada pelo estilista Paulo Borges debateu muito mais do que as combinações de roupas. O criador da São Paulo Fashion Week recebeu os estilistas baianos Vitorino Campos e Márcia Ganem para falarem sobre 'Inovação e Processo Criativo' na moda.
Formada em administração e filha de costureira, Márcia, que começou a trabalhar com moda em 1996, destacou que a paixão por sua mãe, também, era pelo que ela fazia. Em um bate-papo descontraído, a estilista falou sobre o processo de criação das suas coleções, materiais utilizados, dificuldades e superações na realização de seus trabalhos. "A questão da inovação vai também da capacidade adaptativa do estilista. É você superar as dificuldades", comentou a baiana.
Já Vitorino Campos – que foi muito elogiado por Paulo Borges, devido ao seu pouco tempo no ramo da moda e por ter adquirido uma maturidade que fez alcançar o sucesso - trouxe para o público um pouco da sua infância e adolescência e sua relação com o mundo fashion. "Meu pai sempre me incentivou a desenhar. No fim de semana, ele comprava tintas e papéis e ao final do dia eu tinha que apresentar uma exposição na garagem de casa pra ele", declarou o jovem estilista, que ainda completou: "Ele tinha orgulho de chamar os amigos para que eu desenhasse os vestidos de noivas das filhas deles", finalizou.
O premiado estilista Ronaldo Fraga falou sobre sua trajetória, experiência fora do Brasil e a importância do contato que ele tem com as pessoas na construção das roupas. "Ouvir a história do outro e através dela construir uma coleção, é algo que dá muito prazer", contou o estilista, que continuou: "A moda ou o processo de pesquisa pode levar você pra onde quiser".
O arquiteto Antonio Cotrim foi um dos selecionados para o festival |
Propostas selecionadas
No espaço expositivo, localizado na Sala Principal do Teatro Vila Velha, era possível encontrar os trabalhos selecionados para mostra competitiva do Movimento HotSpot. Roupas, moveis, ilustrações, fotografias, filmes e vídeos, ideias de arquitetura e cenografia, design gráfico e músicas estavam espalhados entre os três andares do local. Entre as produções, estava o projeto 'Zabumba!', do arquiteto Antonio Cotrim, de 46 anos. Ele utiliza objetos reciclados do lixo para construção de moveis criativos e sustentáveis. "A ideia surgiu a partir da necessidade de comprar moveis para abrir um bar, mas como não tinha dinheiro, resolvi utilizar materiais reciclados na construção dos objetos que precisava. E aí minha mãe leu em uma revista sobre o Movimento HotSpot e resolvi inscrever a minha proposta", contou ao iBahia.
Lucivanda Moura com os filhos, sobrinho e amiga |
Apresentações musicais
O sol já tinha ido embora quando Tais Nader subiu ao palco. Cantando canções do seu álbum 'Amor em Movimento', como 'No Branco do Papel', onde realiza uma performance com o próprio corpo, e músicas de outros artistas, como Wando e Leandro e Leonardo, a cantora apresentou o ritmo arrocha com batidas eletrônicas e promoveu um duelo de guitarras entre os músicos Henrique Barreto e Bruno Michel durante a canção 'Entre Tapas e Beijos'. "E nada me define. O que me define é a vontade de cantar pra vocês", disse a artista.
Logo chegou a vez de Dão e a Caravana Black apresentarem o 'Nobre Balanço', nome do segundo CD da banda. Com muita atitude no palco, o cantor trouxe no repertório influências do funk com rock, batidas de soul music com reggae e blues com samba. Canções como 'Samba na gafieira' e 'Na Sua' fizeram parte da apresentação. "Vou cantar uma música que minha mãe sempre cantava em casa", explicou o artista antes de tocar 'As Canções que Você Fez Pra Mim', composição de Erasmo e Roberto Carlos. E finalizou a apresentação mandando boas energias: "Salve todos os blocos afros, salve todos os terreiros, salve o amor".
A banda Velotroz foi a última a se apresentar, dentro da Categoria Música, e com toda a energia do vocalista Giovani Cidreira levou as influências da música brasileira dos anos 70, do rock'n'roll e algumas tendências musicais contemporâneas para o local.
Segundo a produção do evento, cerca de cinco mil pessoas acompanharam a apresentação do BaianaSystem, que encerrou o Movimento HotSpot. No palco, Russo Passapusso e sua turma apresentaram suas músicas influenciadas pelos ritmos jamaicano, eletrônico e a guitarra baiana. Sucessos como 'Jah Jah Revolta' e 'Terapia', que arrastaram multidões no Carnaval deste ano, foram cantados em alto e bom som pelos seus seguidores. Chamado de irmão por Russo, o BaianaSystem dividiu o palco com Fael Primeiro, da banda Ministereo Público.
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