O maestro e violinista Cláudio Cruz, deverá assumir o cargo deixado por Carlos Prazeres na Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), com a saída do oboeista da regência da Orquestra.
A mudança se dá após a classificação do Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM) no edital 001/2023 da Secretaria da Cultura, que foi publicada nesta quarta-feira (12), no Diário Oficial do Estado.
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De acordo com IDSM, a Associação dos Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), que participava da licitação, foi desclassificada por incapacidade técnica. O Instituto aguarda a fase de habilitação para que Cláudio Cruz assuma o cargo.
Conheça o perfil do novo diretor artístico e regente da Osba
O maestro e violinista é natural da cidade de Andaraí, na Chapada Diamantina. Filho de João Pereira Cruz, fabricante baiano de violinos, Cláudio Cruz iniciou os estudos musicais ainda na infância, com o pai.
Com o passar dos anos, o violinista intensificou a dedicação na música e teve como professores nomes como Erich Lehninger, Maria Vischnia, Olivier Toni, Chaim Taub, Josef Gingold, Kenneth Goldsmith, entre outros.
O músico se graduou em filosofia pela UNIFRAN (Universidade de Franca) e atualmente cursa o Doutorado em Música na UNESP (Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho). Cruz começou a se apresentar como solista com apenas 13 anos e aos 15 tornou-se um dos spallas (primeiro-violino) da Orquestra Jovem da FUNARJ (Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro).
Aos 18, ingressou na OSESP (Orquestra do Estado de São Paulo), a convite do Maestro Eleazar de Carvalho, e com apenas 22 anos, tornou-se spalla da orquestra, cargo que ocupou até 2014. Ao longo da sua carreira, recebeu importantes prêmios, como o Grammy Awards, Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo e o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Artes.
O primeiro trabalho de Cruz como Regente e Diretor Musical foi em 2001, na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. Com a orquestra, gravou diversos álbuns e realizou montagens de óperas e balés. O baiano também foi Regente e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica de Campinas, Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
Desde 2012, Cruz é regente e diretor musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, com a qual participou de grandes festivais, como o Festival MDR Musiksommer, na Alemanha, o Festival Young Euro Classic, também na Alemanha, o Festival Berlioz, na França, e o Grachtenfestival, na Holanda.
Em 2015, a orquestra realizou grandes concertos no Lincoln Center, em Nova York, e no Kennedy Center, em Washington, nos Estados Unidos.
De volta a Bahia, após o convite do IDSM para participar como Diretor Artístico e Regente da OSBA, Cruz espera poder realizar um trabalho musical amplo, contemplando diversos repertórios e estilos musicais, além de desenvolver parcerias e projetos pedagógicos, ampliando o raio de ação cultural da orquestra.
O maestro acredita que a riqueza cultural da Bahia poderá ser um grande veículo para a gestão artística, e espera apresentar uma programação rica, com a inclusão de concursos para jovens solistas e compositores, comissionamento de novas obras de estilos variados, além de séries de música de câmara e concertos em outras cidades e estados.
Redação iBahia
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