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| Band'Aiyê levando a multidão em direção ao Campo Grande |
Centenas de pessoas se reuniram na Ladeira do Curuzu para acompanhar a tradicional saída do Ilê Aiyê, na noite deste sábado (9). Famosos e políticos também participarem do ritual, entre eles o prefeito ACM Neto, o vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodorin Obiang e o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro. Emoção e tradição fizeram parte da noite dos baianos e turistas que esperavam pelo cortejo em direção ao Campo Grande.
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| Os pombos são soltos durante ritual |
Brilho e beleza não faltaram durante a festa, sob muitos aplausos a tão esperada "benção" da Ialorixá, Mãe Hildelice, iniciou com banho de pipoca e os pombos sendo soltos. A grande surpresa do ritual ficou por conta de dois pombos que ao serem soltos, voltaram e pousaram sobre a cabeça da Deusa do Ébano, Daiane Ribeiro.
EmoçãoDemonstrando felicidade, Rita de Cássia falou sobre a importância do bloco afro em sua vida. "Saio no Ilê há 24 anos. Minha mãe fez parte deste ritual e eu sempre acompanhei. Eu tenho paixão pelo Ilê.", declarou a moradora do bairro do Curuzu. Acompanhando pela primeira vez a saída do Ilê Aiyê, Nívia Cerqueira, moradora de Itapuã, falou da surpresa em ver a preocupação das pessoas em manter a tradição. "Eu estou impressionada pela tradição, autoestima das pessoas, algumas passam dificuldade o ano inteiro para estarem aqui e terem este momento que abre os caminhos, um momento de paz. O Carnaval é tão comercial e quando chego aqui vejo esta paixão e emoção das pessoas pela sua religião e lutando pelos seus direitos. Além de todos terem um sorriso lindo, que passa uma alegria contagiante." Comentou Nívia.
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| Deusa do Ébano, Daiane Ribeiro, durante saída do Ilê Aiyê |
ImportantePuxados pelos vocalistas da Band'Aiyê, Cumpadre Washignton e Beto Jamaica, a multidão percorreu as ruas da Liberdade em direção ao Circuito Osmar cantando e dançando os grandes sucessos do grupo. Para a vocalista da Band'Aiyê, Iracema Kiliane, o bloco afro é sua vida. "O Ilê faz parte da minha pele desde pequena. Sou de Alagoas e participava de uma banda afro lá na minha cidade, onde conheci Vovô do Ilê. Em Alagoas tinha uma população negra que não se comportava como devia, o Ilê é a oportunidade de falarmos sobre nós. Eu sempre cantei música afro e o Ilê Aiyê fazia parte do meu repertório. O Ilê representa uma parte do meu ser, do meu sangue." disse. Destacando a importância do Ilê Aiyê, Cumpadre Washington canta os grandes sucessos e fala da importância do bloco. "Eu vi o Ilê nascer. Hoje tenho 51 anos de idade, sai muito tempo com o bloco. Temos uma relação com a band'Aiyê afinal o Gera Samba surgiu aqui. Durante um tempo não conseguíamos participar da saída, mas este ano eu e Beto fizemos questão de acompanhar este momento. É muito importante estar aqui.", finalizou o vocalista.
