O Ilê Aiyê promove neste sábado (20) a 39ª Noite da Beleza Negra. O evento, que acontece na Senzala do Barro Preto, às 20h, contará com show completo do grupo de funk carioca Dream Team do Passinho. Ma ocasião, o mais antigo bloco afro do país irá eleger a Deusa do Ébano 2018 e, mais uma vez, fortalecer sua imensurável contribuição para a autoestima da mulher negra brasileira. Os ingressos custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia).
Maior concurso de beleza e exaltação da mulher negra do Brasil, a premiação comemora este ano o ineditismo de ter uma candidata norte-americana entre suas 16 participantes. Com direção artística e roteiro de Elísio Lopes Jr., e edição traz como inspiração o tema do Carnaval do Ilê Aiyê 2018: Mandela. A Azânia celebra o centenário de seu Madiba. “Mergulhei na representatividade de Nelson Mandela para entender o que exatamente fundamenta sua relevância enquanto ícone dessa luta e escrevi o roteiro em cima da pergunta: o que seriam metas de um cara como Mandela hoje no Brasil?”, conta Elísio.
Participarão do evento o cantor e compositor Mateus Aleluia, a atriz e cantora transformista Divina Valéria, o ator da Rede Globo David Jr. e a atriz Thais Araújo, que gravou a mensagem de abertura da noite.
Também está previsto para a abertura do evento um desfile de moda que vai misturar três grifes de moda afro: Meninos Rei, Black Atitude e Lab Fantasma, esta última do artista e empresário Fióti (irmão de Emicida). Na passarela, 90% dos modelos serão homens, da Agência PjT Models, que vem se destacando por ter um cast formado por talentos garimpados essencialmente nas periferias de Salvador. “A noite é da mulher negra, mas o grande homenageado é um homem, Mandela, por isso fizemos um desfile que também exalta o masculino”, realça Elísio Lopes Jr.
Por meio de performances que irão fazer do evento mais uma vez um espetáculo surpreendente, o diretor vai traduzir no palco as respostas que encontrou. “Precisamos de paz, vivemos um período de genocídio negro. Precisamos acolher a diversidade sexual, pois temos um machismo que impera e que mata mulheres e gays, a maioria negros. E estamos mergulhados na corrupção, mas nunca tivemos um presidente negro no Brasil eleito por voto popular, ou seja, pagamos a conta mas não estamos no poder”, resume o diretor.
Anfitriã da casa, a Band’Aiyê traz para diversos momentos da noite o repertório de grandes músicas do Ilê Aiyê. Ápice do espetáculo, a revelação da vencedora ao título de Deusa do Ébano 2018 acompanha a despedida da atual dona da coroa, a professora de dança Gisele Soares, passagem prevista como uma das mais emocionantes do roteiro. Este ano, além do Troféu Perfil Azeviche (2º e 3º lugares) e do Troféu Deusa do Ébano (1º lugar), as vencedoras serão premiadas com fantasias do bloco Ilê Aiyê.
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Redação iBahia
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