“Se eu sonhei ou se eu tô sonhando, eu não sei, só sei que tô gostando”, uma das frases mais marcantes da música “Oasis” de Potyguara Bardo pode resumir o simples sentimento de ver a representatividade atingir diferentes áreas da cultura.
Aos 26 anos, Potyguara carrega em seu nome a essência de sua terra natal, no Rio Grande do Norte, em seu corpo a leveza da libertação artística e em sua voz a força de suas vivências. A artista iniciou a carreira como drag queen em 2015 e só em 2017 lançou sua primeira canção, “Você Não Existe”.
A revelação musical do “Prêmio Hangar de Música” de 2018, leva sua identidade para os refrãos e cada vez mais busca refletir a regionalidade na carreira, que apesar de curta já colhe grandes frutos.
Corpo + alma
O nome Potyguara Bardo pode parecer estranho de início, mas a resistência cai ao conhecer o grande significado por trás das duas palavras.
O primeiro tem origem nos povos potiguaras, que até hoje residem no Rio Grande do Norte e representa a ancestralidade e o corpo. Bardo, para além do senso comum, também significa liminaridade, ou seja, “estar entre dois estados diferentes de existência” e pode ser lida como seu espírito.
Essa junção que representa corpo e alma é refletida em seu trabalho nas artes e também na música.
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Aumenta o som
Para além de sua origem, Potyguara busca influências na televisão e nas coisas fantásticas que cresceu assistindo, além de artistas de dentro e fora do Brasil como Caetano Veloso e Lady Gaga. Dessa mistura nasceu o “Simulacre”, seu primeiro disco lançado em 2018.
Recheado de letras melódicas e batidas “diferentonas” do que se encontra no mercado do pop nacional, "Simulacre" encanta por ser um diário que passeia por diferentes vertentes da cantora, da compositora e do ser humano.
Drag Queen Nordestina
A arte chegou primeiro que a música em sua vida, mas ambas se complementaram perfeitamente, além de se unirem à regionalidade. Prova disso é a capacidade de brincar com ritmos e mergulhar na rica cultural do Nordeste, que ficará ainda mais forte nos próximos trabalhos como já adianta.
“A região em que nasci está literalmente carregada no nome artístico, então cada vez mais eu busco isso e no próximo trabalho isso vai ficar mais explícito ainda”, revela.
Enquanto vive novas experiências, Potyguara não deixa de buscar seu verdadeiro “eu”, e consegue em diferentes facetas apresentar essa procura ao público, com muito conceito, coesão e brilho.
E com ela mesma diz: “A minha arte, a minha música, vem de um lugar de busca do que eu sou: de onde eu venho, pra onde eu vou, enquanto ser humano”.
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Redação iBahia
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