A 'Noite da Beleza Negra', festa responsável por eleger a Deusa do Ébano do bloco afro Ilê Aiyê, teve o processo de patrimonialização como bem cultural imaterial do estado da Bahia aprovado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
O pedido foi registrado em setembro de 2019, por um membro do Conselho Estadual de Cultura (CEC) e encaminhado ao IPAC. No ano passado, em 2023, o presidente do primeiro bloco afro do Brasil, Antônio Carlos dos Santos, conhecido como Vovô do Ilê, enviou um ofício ao instituto reforçando o pedido feito pelo CEC. E agora, o processo foi aprovado.
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"Ficamos bastante emocionados, é um momento muito especial para o carnaval da Bahia. O Ouro Negro ampliou o investimento no processo dos blocos afro, assim, houve o pedido para que fosse registrada a Noite da Beleza Negra", afirmou Luciana Mandelli , diretora geral do IPAC.
Ainda segundo Luciana Mandelli, um dossiê com fotos, matérias, relatos históricos do concurso e das participantes está sendo preparado. São 43 edições a serem contabilizadas.
Quando tudo estiver pronto, o documento será encaminhado à Secretaria de Cultural (Secult), ao Conselho Estadual de Cultura e à Governadoria. Caso seja aprovado, o Decreto de Patrimonialização definitivo será publicado.
43ª edição do concurso
A 43ª edição da Noite da Beleza Negra aconteceu no dia 14 de janeiro, na Senzala do Barro Preto, localizada no bairro do Curuzu, em Salvador. A empresária, professora e coreógrafa Larissa Valéria Sá Sacramento, de 29 anos, foi eleita a nova Deusa do Ébano do bloco afro Ilê Aiyê.
Além de Larissa, outras 14 candidatas disputaram a vaga. Moradora do bairro da Liberdade, ela participou do concurso pela terceira vez.
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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