O jingle nasceu no Brasil antes da mídia em formato de partituras distribuídas pelas casas comerciais: polkas e valsas para as senhoritas interpretarem nas suas residências em solos de piano.
Leia outros textos de Nelson Cadena no blog Memórias da Bahia Muitos anos depois, já com a existência do rádio como veículo, o jingle que então se chamava de “musiquinha de propaganda”, conquistou a massa a partir de músicas carnavalescas, sambas-enredos e outros gêneros para um público alvo que a Radio Sociedade do Rio de Janeiro, o único veículo com penetração nacional, fazia parecer a todo o Brasil, era na essência carioca. As agências de propaganda custaram a aceitar o baião como uma opção de ritmo para o jingle. Jingle e samba eram uma coisa só e não se imaginava outra toada. Luiz Gonzaga quebrou esse circulo vicioso gravando para varejistas do Rio de Janeiro e de lá para cá, inícios da década de 60, gravou em torno de uma centena de jingles, para anunciantes de todos os segmentos.
Conheça o canal especial em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga Alguns deles são memoráveis como os criados para o Banco Bamerindus, mas é no jingle político que Luiz Gonzaga obteve possivelmente o seu maior recall: na campanha para Presidente de Janio Quadros e para Governador de Carlos Lacerda em 1962. Luiz Gonzaga também gravou alguns jingles da Bahia. Infelizmente não ficou memória deles, alguns estúdios desapareceram.
Ouça alguns destes jingles:Especial Luiz GonzagaEm homenagem ao centenário de um dos maiores ícones da cultura nordestina e da música brasileira, conhecido como criador do baião, o iBahia preparou um especial com uma série de matérias e listas para relembrar a memória do mestre do forró, Luiz Gonzaga. Acompanhe pela página www.ibahia.com/luizgonzaga e mande sugestões de pauta e curiosidades para nossa equipe pelo
[email protected].*Texto enviado de forma colaborativa para o Especial Luiz Gonzaga