icone de busca
iBahia Portal de notícias
MÚSICA

Patti Smith brilha em trabalho com canção para Amy Winehouse

Aos 65 anos, a escritora e cantora americana, musa da geração punk de Nova York, brilha em disco em que quase todas as canções têm dedicatória

foto autor

21/07/2012 às 14:47 • Atualizada em 06/09/2022 às 21:23 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News
Patti Smith lança o ótimo Banga: álbum temmúsicas para Amy Winehouse (1983-2011), Johnny Depp e para as vítimas dos terremotos no Japão
Oito anos após seu último álbum de canções inéditas, Patti Smith está de volta com Banga (Sony Music). Um disco de palavras, literalmente, e o melhor da musa poética do punk americano desde a década de 70, quando ela gravou joias como Horses (1975), Radio Ethiopia (1976) e Easter (1978). Conheça o canal de música do iBahia Mesmo para uma artista em permanente revolução interna, como Patti Smith, o desafio aos 65 anos é diferente do que foi em outras décadas. Mais importante do que aguardar por um álbum bombástico, há que se festejar o regresso da diva da poesia rock’n’roll, mulher exigente e defensora da arte como espaço de comunicação. E, ainda assim, Banga é um trabalho para entrar em listas dos melhores da temporada 2012. Sempre de braços dados com o guitarrista Lenny Kaye, Patti Smith continua a transgredir, se comparada com a sua geração e mesmo com os roqueiros atuais - normais demais para quem viveu intensamente a louca Nova York dos anos 60 e 70. Aliás, para fãs da artista e para quem ama cultura pop de modo geral, recomenda-se ler Só Garotos (Companhia das Letras, R$ 33/272 páginas), a premiada autobiografia de Patti Smith, onde ela conta sua bela história de amor com o fotógrafo Robert Mapplethorpe (1946-1989). A sonoridade característica de Patti, ancorada numa estrutura rocker minimalista, continua a revelar vitalidade e relevância, mas é a palavra que melhor define a artista - sempre foi assim. Amy e Depp This Is The Girl é uma lindíssima balada, com ecos vocais do rhythm and blues dos 50 e 60, dedicada à cantora inglesa Amy Winehouse, morta em 2011 aos 27 anos. A letra fala sobre “uma garota que chorou para ser ouvida”. “Estávamos no estúdio Electric Lady, terminando outra canção, quando Amy morreu. Escrevi um pequeno poema para ela. Meu baixista, Tony Shanahan, compôs uma música e os dois combinaram perfeitamente. Escrevemos uma bonita canção”, explicou Patti ao site francês Charts in France. Homenagens não faltam nas 12 canções gravadas entre Nova Jersey e Nova York, nos Electric Lady Studios, criados por Jimi Hendrix (1942-1970) em 1970. Constantine’s Dream é para o pintor Pierro della Francesca (1414-1492). Durante dez minutos, Patti declama versos numa música em tom crescente, com guitarras distorcidas e uma voz masculina que reza a Oração de São Francisco de Assis em italiano. Amerigo é uma ode ao navegador italiano Américo Vespúcio, que deu nome à América; Fuji-San é para as vítimas dos terremotos no Japão; e Nine é uma canção de aniversário para o amigo e ator Johnny Depp, que toca guitarra e bateria na faixa-título. Tendo Tom Verlaine (Television) e os filhos Jackson e Jesse (frutos da união da cantora com Fred Smith, do MC5) como convidados, Banga é a nova inscrição de Patti Smith numa cartilha de grandes e resistentes veteranos, como Bob Dylan, Bruce Springsteen e Neil Young. Cada um canta a sua América. Matéria original: Correio 24h Patti Smith brilha em trabalho que inclui canção para Amy Winehouse

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Tags:

Mais em Música